Depois da primeira reunião do recém-formado comitê de combate à covid-19, o presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o fim das políticas de restrição de circulação impostas por governos estaduais e municipais para tentar conter a disseminação do coronavírus.
Ao anunciar o calendário de pagamento do novo auxílio emergencial, Bolsonaro afirmou que o governo federal não tem condições de continuar mantendo o pagamento de vários auxílios e que o Brasil precisa "voltar a trabalhar".
"Não é ficando em casa que vamos solucionar esse problema", afirmou.
Bolsonaro afirmou ainda que medidas tomadas pelos Estados têm sido ainda mais restritivas do que a decretação de um estado de sítio.
"Nenhuma nação se sustenta muito tempo com esse tipo de política. E o que queremos realmente é voltar à normalidade o mais rápido possível", afirmou, fazendo ainda um apelo para que governadores e prefeitos revejam as determinações.
"Qualquer um pode contrair o vírus, qualquer um pode ter sua situação de saúde complicada. Mas a fome mata muito mais que o vírus", afirmou.
O Brasil fechou a terça-feira com 3.780 mortes causada pelo coronavírus, mais um recorde em semanas consecutivas de números cada vez maiores. No total, 317.646 pessoas já morreram de covid-19 no país em um ano de pandemia.
O país vive ainda o momento mais grave da pandemia, com uma vacinação que ainda caminha lentamente e leitos de unidades de terapia lotados ou próximos da lotação em todo o país.
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