Brasil e Suécia assinam acordo sobre compra dos caças Gripen

3 abr 2014 - 21h16
(atualizado às 21h25)

O ministro da Defesa, Celso Amorim, assinou nesta quinta-feira, na Suécia, dois acordos que dão sequência ao processo de compra dos 36 aviões de caça Gripen NG. O primeiro acordo institui que os dois países podem estreitar conversas sobre outros projetos na área militar, e o segundo acordo se refere à proteção de informações sigilosas sobre a compra dos caças e de outros projetos que possam ser desenvolvidos entre Brasil e Suécia. Agora, os acordos serão encaminhados para apreciação do Congresso Nacional.

Antes da assinatura, Amorim se reuniu com a ministra da Defesa sueca, Karim Enström. À ministra, ele reiterou a importância da transferência de tecnologia como condicionante para a compra dos caças. Essa questão já havia sido destacada pelo ministro quando do anúncio da escolha dos Gripen NG. Com acesso aos códigos-fonte, o Brasil poderá integrar outros equipamentos e sistemas às funções originais dos aviões.

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Durante o encontro - do qual também participou o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Juniti Saito - o ministro Amorim também abordou o direito de comercialização dos Gripen NG, que serão produzidos no Brasil a partir da transferência de tecnologia. O entendimento entre Brasil e Suécia é que essa comercialização possa ser feita com países da América Latina, além das nações em desenvolvimento com as quais o Brasil possui "estreita relação bilateral".

Saito garantiu aos suecos que o Brasil possui um parque industrial apto a receber a nova tecnologia advinda do negócio entre os países: "Posso garantir que estamos preparados e que vamos honrar todos os compromissos sobre confidencialidade de informações." Os ministros de Brasil e Suécia ainda conversaram sobre o empréstimo de dez caças Gripen C/D enquanto os NG não são entregues. 

A expectativa é que seis unidades da versão C/D cheguem ao Brasil no primeiro trimestre de 2016 e os outros quatro desembarquem por aqui no início de 2017. As primeiras unidades da versão NG são esperadas para 2018. Diante disso, o comandante da FAB destacou a importância do contato prévio dos pilotos e equipes técnicas de solo com uma versão similar à adquirida pelo Brasil, familiarizando-os com o equipamento.

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Agência Brasil
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