O Ministério da Saúde se mantém seguro e tranquilo sobre a recomendação feita no mês passado de uso de cloroquina no tratamento de pacientes com sintomas iniciais da Covid-19, apesar de decisão de agência reguladora norte-americana de revogar o uso emergencial do medicamento contra malária para tratar a doença respiratória provocada pelo novo coronavírus, afirmou uma secretária da pasta nesta segunda-feira.
De acordo com Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, a pasta inclusive modificou sua recomendação de uso da cloroquina para incluir gestantes e crianças entre os grupos com recomendação de uso da cloroquina na fase inicial da Covid-19.
A secretária criticou estudos citados pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) em sua decisão de revogar a autorização de uso emergencial da cloroquina e da hidroxicloroquina para tratar pacientes da Covid-19, dizendo que são de "péssima qualidade".
Segundo ela, estudos com qualidade metodológica levam tempo para ser realizados, e durante o enfrentamento a uma pandemia como a do novo coronavírus não se pode "perder tempo aguardando resultado de estudos".