O Brasil registrou nesta quinta-feira 1.699 novos óbitos em decorrência da covid-19, o que representa a segunda maior contagem diária desde o início da pandemia e eleva o total de vítimas fatais da doença no país a 260.970, segundo o Ministério da Saúde.
A cifra desta quinta fica abaixo apenas da verificada justamente na véspera, quando o Brasil atingiu o recorde de 1.910 óbitos em um só dia.
Além disso, foram contabilizados 75.102 novos casos de coronavírus no país, também a segunda maior marca já vista em apenas um dia, com o total de contaminados avançando para 10.793.732.
O número de casos desta quinta perde somente para a contagem notificada em 7 de janeiro, de 87.843 infecções.
A média móvel de óbitos por covid-19 no Brasil ficou em 1.361 nesta quinta-feira, 4, o maior patamar já registrado em toda a pandemia. A média leva em consideração dados dos últimos sete dias e na prática significa que 9,5 mil pessoas morreram na última semana pela doença no País. A marca é atingida no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro disse que "chega de frescura e mimimi". "Vão ficar chorando até quando?", questionou em evento que participou em Goiás.
A quantidade de pessoas que morreram em decorrência da covid-19 nas últimas 24 horas foi de 1.786, de acordo com dados divulgados pelo consórcio de veículos de comunicação. É a segunda maior marca diária da pandemia, só atrás do dado desta quarta-feira, 3, que ficou em 1.840. Com o número, o País, que vive o seu pior momento no combate à doença, ultrapassou a marca de 260 mil mortos, chegando a um total de 261.188 óbitos.
Os dados do consórcio, formado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL, são coletados junto às secretarias estaduais de Saúde.
Passando por uma nova onda de contaminações, mortes e sobrecargas de sistemas de saúde, o Brasil é o segundo país com maior número de óbitos por coronavírus no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e o terceiro em casos, abaixo dos EUA e da Índia.
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) reafirmou nesta quinta-feira que o país enfrenta o pior momento da pandemia, especialmente considerando as taxas de ocupação de leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs).
"Mesmo no período entre a segunda metade de julho e o mês de agosto, quando foram registrados os maiores números de casos e óbitos, não tivemos um cenário como o atual, com a maioria dos Estados e Distrito Federal na zona de alerta crítica", disse em nota a Fiocruz, que contabiliza 19 unidades da Federação com taxas de ocupação superiores a 80%.
Estado brasileiro mais afetado pela doença em números absolutos, São Paulo atingiu nesta quinta as marcas de 2.080.852 casos e 60.694 mortes.
"É fundamental que a população entenda a importância de conter a disseminação do vírus. Faço um apelo para que sigam as medidas restritivas, evitem aglomerações e usem máscara", disse pelo Twitter o governador paulista, João Doria (PSDB), que na véspera colocou todo o Estado na fase vermelha do plano de contenção da covid-19, a mais restritiva.
Os fechamentos de atividades decretados por diversos governadores do país têm sido alvo de ataques constantes do presidente Jair Bolsonaro, que nesta quinta disse --apesar do momento dramático da pandemia no país - que o Brasil precisa parar "de frescura, de mimimi".
Conforme os números do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o segundo Estado com maior número de infecções pelo coronavírus, com 901.535 casos, mas o Rio de Janeiro é o segundo com mais óbitos contabilizados, somando 33.466 mortes.
O Brasil ainda possui, segundo o governo, 9.637.020 pessoas recuperadas da Covid-19 e 895.742 pacientes em acompanhamento.
Com informações da Reuters e do Estadão Conteúdo