O presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar as restrições de atividades no dia que o Brasil renovou o recorde de mortes por Covid-19 em um único dia, e disse que se dependesse dele nunca haveria lockdown no país.
"Eu falo que vírus e desemprego são dois problemas, tem que tratar junto. Eu não tomei conhecimento do lockdown desse cidadão não... o povo que diga quem está certo", disse Bolsonaro ao ser questionado por apoiadores sobre o fechamento de atividades determinado pelo governador de São Paulo e seu desafeto, João Doria (PSDB).
"No que depender de mim, nunca teríamos lockdown. Nunca. É uma política que não deu certo em lugar nenhum do mundo", acrescentou. Doria, entretanto, não determinou um lockdown como Bolsonaro sugere.
Segundo o presidente, tem bastante gente que nem da informalidade está vivendo por ter perdido tudo.
"O cara que vendia picolé em estádio de futebol, não vende mais. Alguns proíbem o cara de ir na praia, a praia que é o lugar do cara pegar vitamina D, que ajuda a resistir ao Covid. O cara tira da praia, é um festival de absurdos. Mas a decisão disso tudo está na mão de prefeitos e governadores de acordo com decisão do STF", afirmou.
Bolsonaro tem dito que, por decisão do Supremo Tribunal Federal do ano passado, não pode tomar decisões em relação à pandemia por serem de atribuição exclusiva dos entes regionais. Contudo, o STF destacou em julgamento que as atribuições das três esferas de Poder são concorrentes.
MAIS CORTES DE IMPOSTOS
Em sua fala a apoiadores, o presidente disse que estava na expectativa da votação da PEC Emergencial que viabiliza o retorno auxílio emergencial e que vai anunciar mais duas reduções de impostos em alguns dias.
"Devemos de anunciar mais duas reduções de impostos daqui a alguns dias. Nenhum imposto foi criado no nosso governo. Nossa política é tirar essa carga da população", disse.