Lésbicas e bissexuais fazem uma caminhada pela Avenida Paulista neste sábado. A manifestação começou na Praça do Ciclista, próximo à Avenida da Consolação, e segue até o Largo do Arouche, no centro de São Paulo. As lideranças estimam em 300 o número de manifestantes. A Polícia Militar não informou quantas pessoas participam.
O protesto ocorre um dia antes da Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros), que também será na Avenida Paulista.
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"Em vez de a gente competir com um movimento gigante constituído por homens, a gente prefere fazer a caminhada um dia antes, para reivindicar as nossas bandeiras, a nossa cara e a nossa representatividade. A Parada LGBT tem 18 trios elétricos e nenh
um é lésbico. Com uma Parada LGBT sem nenhuma representatividade lésbica, quer mais motivo para essa caminhada existir?", afirma Natália Ribeiro, uma das organizadoras da passeata e integrante da Marcha Mundial de Mulheres.
Esta é a 13ª edição da caminhada, que conta com diversas atividades culturais no Largo do Arouche. O tema deste ano é "Nenhuma mulher ficará para trás: todas contra racismo, machismo, bifobia, lesbofobia e transfobia!"
Natália destaca a importância de levar esclarecimentos à população como forma de combater a discriminação. "A gente tem o fato de ser mulher, ser lésbica e boa parte das nossas companheiras é negra. A partir do momento em que você se destaca como lésbica, a primeira coisa que você se preocupa é com a família, que não aceita. Meninas são expulsas de casa, sofrem depressão. Elas se matam, não têm apoio de ninguém", diz.
Para a feminista, ainda existe preconceito em vários setores da sociedade. "As lésbicas sofrem muito preconceito para conseguir um emprego. Elas não podem assumir a identidade, como cortar o cabelo, pois assim a chance de conseguir um emprego cai."