O candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, recebeu nesta segunda-feira a Carta das Juventudes, um documento em que jovens integrantes dos seis partidos da coligação Unidos do Brasil e da Rede Sustentabilidade apresentam a ele suas demandas e propostas. Campos reuniu-se com os jovens nesta tarde, no Espaço do Bosque, na zona oeste da capital paulista. Formada pelo PSB, PPS, PPL, PRP, PHS e PSL e pela Rede Sustentabilidade, a coligação Unidos do Brasil apoia a candidatura do ex-governador de Pernambuco.
Na carta, os jovens pedem mais recursos para a educação pública. Em um dos trechos do documento, eles reivindicam "uma escola integral, uma universidade que pense e se integre com o país e com o povo, tendo a democracia como valor e princípio para toda a comunidade acadêmica nas tomadas de decisões e servindo à população”.
Eles defendem também a valorização da cultura popular, liberdade de manifestação e acesso dos jovens às tecnologias de informação. “A inclusão digital é um dos caminhos para o cidadão alcançar sua cidadania plena, como, por exemplo, a busca por emprego e oportunidades, fiscalização das ações do governo e até mesmo de participação na tomada de decisões.”
No encontro, Eduardo Campos comprometeu-se a criar escolas de ensino médio de tempo integral em todo o país. Para o candidato, esse tipo de escola deve ser um direito e funcionar "como um espaço de debate, de cultura, de exercício de cidadania e de valorização dos professores". Ele explicou que, no regime de tempo integral, o professor ganha mais, fica vinculado a uma só escola.
"Há um ganho para a comunidade”, resumiu. Segundo ele, as escolas em tempo integral poderiam usar estruturas de clubes e ambientes culturais já existentes. “Tem muitos clubes e estruturas existentes no próprio estado que podem se transformar em espaços para a educação. É contratar espaços. O outro turno (escolar) pode ocorrer exatamente em espaços já existentes de cultura e de lazer.”
Campos acenou também com a possibilidade de criar, se for eleito, o Fundo Nacional para o Passe Livre, no valor de R$ 12 bilhões, para garantir transporte público gratuito para as escolas e evitar a evasão escolar. Após o encontro com os jovens, o candidato disse aos jornalistas que os R$ 12 bilhões viriam do orçamento fiscal.