Caixa que levava o cachorro Joca estava solta em voo, afirmou testemunha à polícia. Segundo funcionário do aeroporto, não havia fita ou cinto de segurança para a estrutura.
A caixa em que o cachorro Joca, morto em um voo da Gol para Fortaleza em abril, foi colocado estava solta no porão de bagagens. É o que afirma o depoimento de uma testemunha na investigação do caso.
"Foi um choque para mim muito grande. Cada dia é uma surpresa, e parece que isso não vai acabar nunca", disse João Fantazzini, tutor do cachorro Joca ao Jornal Nacional, da TV Globo, que obteve acesso ao depoimento da testemunha.
Segundo a reportagem, um funcionário que trabalha no aeroporto de Fortaleza percebeu que havia algo errado assim que abriu o bagageiro do avião. Ele fez fotos da caixa de transporte, que parecia estar solta. À polícia, ele teria dito que não havia fita ou cinto de segurança para segurá-la.
O cão deveria seguir no mesmo voo que João para Sinop, em Mato Grosso, mas foi despachado por engano para a capital cearense. Ao perceber o erro, a companhia aérea Gol mandou Joca de volta para São Paulo ainda no mesmo dia. O cachorro, no entanto, não resistiu e chegou às mãos do tutor já morto.
"Saber agora que ele foi solto... Eu não estou conseguindo nem alinhar os meus pensamentos. Só em relação ao quanto o Joca sofreu ali", seguiu João.
De acordo com o JN, a Polícia Civil de São Paulo vai coletar novos depoimentos de funcionários do aeroporto. "Os laudos periciais estão em elaboração e serão analisados pela autoridade policial", afirma a nota.
À reportagem, a Gol informou ter "total interesse em esclarecer o caso e segue à disposição das autoridades que o investigam". A companhia informou, ainda, que mantém suspenso o transporte de cães e gatos no porão da aeronaves desde a morte de Joca.