Cerca de R$ 250 milhões repatriados no esquema de desvio de recursos liderado pelo ex-governador Sérgio Cabral serão devolvidos aos cofres públicos amanhã (21) na sede do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), centro da capital fluminense. O dinheiro pagará o 13º salário de 2016 de cerca de 146 mil aposentados e pensionistas do estado, com vencimento de até R$ 3,2 mil, o que representa 57% dos inativos.
A repatriação foi possível por meio de um acordo de colaboração premiada com dois réus de cerca de US$ 85,3 milhões. As investigações revelaram até o momento que mais de R$ 300 milhões foram movimentados no exterior pela organização criminosa.
A cerimônia de devolução ocorrerá às 15h e estarão presentes o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do TRF2, desembargador federal Poul Erik Dyrlund, o coordenador da Força Tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, Leonardo Cardoso de Freitas, e o procurador-geral do Estado do Rio de Janeiro, Leonardo Espíndola.
Adriana Ancelmo
A defesa de Adriana Ancelmo, que está presa no Complexo Penitenciário de Jericinó, em Bangu, informou hoje (20) que o apartamento onde ela cumprirá prisão domiciliar já está apto para sua transferência. A Polícia Federal ainda precisa vistoriar o local para que a Justiça autorize a volta da ex-primeira dama para casa. A expectativa da defesa de Adriana é que a transferência ocorra até a próxima sexta-feira.
Cabral e Adriana Ancelmo foram presos no final do ano passado, na chamada Operação Calicute, junto com assessores e outros acusados no esquema. Eles são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Cabral está no mesmo complexo penitenciário que a esposa. Na sexta-feira (18), a Justiça concedeu à Adriana Ancelmo o direito de cumprir a prisão preventiva em casa, devido ao fato de que ela e Cabral têm dois filhos menores de idade.
O Ministério Público Federal entrou ontem com mandado de segurança na Justiça Federal contra a decisão de conceder a prisão domiciliar a Adriana.
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