CFM: contratação de médicos cubanos para áreas carentes é temerária

8 mai 2013 - 00h25
(atualizado às 00h25)

O Conselho Federal de Medicina (CFM) apresentou nessa terça-feira os resultados da revalidação de diplomas de médicos formados em Cuba, para contestar a proposta do governo brasileiro de trazer profissionais cubanos para trabalhar em regiões carentes do país.

Os números mostram que, dos 182 médicos formados em Cuba, que fizeram o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos em 2012, apenas 20 foram aprovados. O exame do Ministério da Educação é necessário para o estrangeiro exercer a profissão no Brasil.

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O vice-presidente do CFM, Vital Corrêa, demonstrou preocupação com a possível contratação de médicos formados no exterior sem que eles passem por exame de avaliação para atestar a qualidade da formação profissional. Segundo ele, o CFM não é contra a atuação de médicos formados no exterior desde que eles passem por essa avaliação.

"Se os médicos formados no exterior vem exercer a profissão sem nenhum critério de avaliação de suas qualificações, isso é temerário. Naturalmente, traz à população grandes riscos, principalmente a parte da população mais carente. Isso não se configura como uma medida legal, nem justa", disse.

Dos 26 médicos com diploma espanhol que fizeram o exame em 2012, cinco foram aprovados. Dos oito portugueses inscritos, três foram aprovados. Hoje, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que governo brasileiro estuda atrair também profissionais destes dois países para trabalhar nas regiões mais carentes do País.

Sobre as críticas do CFM, Padilha destacou que o governo descartou a validação automática de diplomas e a contratação de médicos de países que tenham menos profissionais que o Brasil, como é o caso da Bolívia e do Paraguai.

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Agência Brasil
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