O ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, determinou nesta quarta-feira a abertura de um processo de responsabilização da empresa holandesa SBM Offshore em meio à sindicância que investiga relações da empresa com a Petrobras. O processo, de caráter punitivo, pretende “apurar a possível obtenção de vantagens indevidas e o pagamento de propina a agentes públicos federais”, segundo nota da CGU.
A decisão de que a empresa holandesa precisa ser investigada foi apontada pelo ministro em relatório parcial da sindicância, aberta em abril deste ano pela controladoria. Segundo o órgão, esse processo sobre a SBM poderá acarretar no “impedimento de celebrar novos contratos com a Petrobras”. Conforme nota divulgada pela CGU, depois que a medida for publicada no Diário Oficial da União, a empresa será notificada, nos próximos dias, para apresentar defesa. O contraditório e a ampla defesa serão observados.
Mais seis processos acerca de funcionários e ex-empregados da Petrobras foram instaurados, com o objetivo de responsabilizar individualmente os agentes que participaram de atos ilícitos. Segundo a nota, os processos têm “contado com a colaboração integral da direção da Petrobras”. A estratégia da CGU no trabalho da sindicância envolve entrevistas, depoimentos, análise de e-mails, documentos, dados patrimoniais, além de registros de viagens.
A Agência Brasil entrou em contato com a empresa responsável pela assessoria de imprensa da SBM e não recebeu posicionamento sobre o tema até o fechamento desta reportagem.