O reservatório de Santa Branca, que abastece o Rio de Janeiro, entrou em seu volume morto no último sábado (24). Com isso, ele parou de ser usado para gerar energia e passou a ser útil apenas para garantir o abastecimento de água. Este é o segundo reservatório que compõe a Bacia do Rio Paraíba do Sul a ter capacidade abaixo do volume útil.
No dia 21 deste mês, o reservatório Paraibuna, o maior a abastecer o Rio, também atingiu o volume morto, nível de água localizado abaixo do limite operacional para geração de energia elétrica. Além desses dois, fazem parte da Bacia do Rio Paraíba do Sul os reservatórios de Funil, que atingiu 3,75% de sua capacidade no domingo (25), e de Jaguari, que está com 1,72% do volume máximo.
O Santa Branca e o Jaguari são usados pela Companhia Energética de São Paulo (Cesp) para gerar energia. Já a hidrelétrica de Paraíbuna é gerida pela companhia carioca Light, enquanto a de Funil é administrada por Furnas.
O volume morto do Santa Branca é de 131 bilhões de litros de água, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), enquanto que o do Paraibuna é de 2,096 trilhões de litros.
Na última sexta-feira (23), o secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro disse que pode haver racionamento do Estado. Para ele, o uso do volume morto do Paraibuna garante o abastecimento do Rio de Janeiro por mais seis meses.
O secretário defendeu ainda que a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) inicie uma cobrança tarifária diferenciada que beneficie quem gasta menos e onere quem consome mais.