Em uma entrevista coletiva concedida nesta sexta-feira, a pró-reitora de Desenvolvimento Universitário da Universidade de Campinas (Unicamp), Teresa Altvars, informou que a instituição sabia da festa em que morreu o estudante Denis Casagrande, 21 anos, com uma facada no peito após uma briga dentro do campus. Segundo ela, a Unicamp, apesar de monitorar as redes sociais, não tinha ideia da extensão da reunião dos jovens. Ela informou que a PM ficará dentro do campus. A festa, que não era autorizada, reuniu 3 mil pessoas na madrugada do último sábado.
"A universidade não está fugindo de suas responsabilidades. Neste momento, ela está sendo o foco. Os organizadores da festa se escondem no anonimato", afirmou Teresa, ao frisar que a reuniões desse tipo precisam ser solicitadas formalmente, conforme a legislação interna da Unicamp.
Ela apresentou as imagens das câmeras de segurança e a cronologia do atendimento prestado ao estudante, ressaltando que a universidade não foi omissa. Desde o recebimento da informação de que o rapaz estava ferido até a sua entrada no Pronto Socorro do Hospital das Clínicas da Unicamp, foram 18 minutos.
Flores
Vasos de flores, fotos, velas e uma flâmula do time do Palmeiras estão no gramado na Praça do Ciclo Baísico 2, onde o estudante Denis Casagrande recebeu os primeiros socorros. Segundo testemunhas, ele foi espancado por outros jovens antes de ser esfaqueado.
De acordo com a polícia, a briga começou por causa da atendente Maria Teresa Peregrino, 20 anos, namorada de Anderson Mamede, 21 anos. Ainda de acordo com a policia, a moça confessou ter golpeado o estudante. O delegado Rui Pegolo ainda não concluiu o inquérito e pretende ouvir outras testemunhas para ter mais elementos que comprovem quem foi o autor da facada no peito da vítima.
