A advogada Michaella Zukowski, de 26 anos, que foi vítima de um ataque com um paralelepípedo no Espírito Santo, resultando em afundamento craniano, divulgou um vídeo em suas redes sociais informando que perdeu permanentemente a visão do olho esquerdo.
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O ataque aconteceu em julho de 2023, enquanto Michaella seguia para o velório do avô e foi atingida por uma pedra lançada por um homem na Rodovia do Sol, próximo ao KM 060. O impacto causou uma fratura craniana exposta, afetando os ossos da testa, do nariz e da órbita ocular, mas sem atingir o cérebro. O suspeito foi preso.
Na postagem em que atualizou sua situação, a advogada começou agradecendo o apoio recebido de muitas pessoas, ressaltando que graças às doações e orações, ela conseguiu viajar para os Estados Unidos, onde finalmente obteve um diagnóstico definitivo após meses de exames e consultas médicas.
"Depois de quase quatro meses passando por milhares de exames e médicos, a gente chegou a um diagnóstico final: eu recebi a notícia de que a demora do tratamento, demora também da Unimed que negou o tratamento da minha visão, eu perdi permanentemente a minha visão do lado esquerdo", disse ela.
De acordo com Michaella, os médicos a informaram que o edema estagnou e criou uma pele que impede novas injeções no local, exigindo acompanhamento periódico a cada seis meses para monitorar a evolução, uma vez que o problema dobrou de tamanho ao longo do ano.
"Eu queria trazer a alegria que eu sempre trago aqui pra vocês. Eu sempre fui uma pessoa muito otimista. Eu vou continuar sendo, mas não quer dizer que nesse momento eu não possa ficar um pouco off para poder cuidar de mim", acrescentou.
Apesar de lamentar a situação, ela afirmou que irá continuar lutando pelos seus direitos e pelos de outras pessoas com deficiência física. "Eu sei quanto cada um de vocês torceu por mim e me acompanhou. Por isso que eu demorei em vir falar com vocês, porque ainda é um episódio da minha vida que está mexendo muito comigo. Agora, nesse momento, é lutar cada vez mais pelos meus direitos, pelos nossos direitos".
Em nota, a Unimed Vitória informa que o procedimento não foi autorizado, pois a indicação feita para o uso da medicação pela paciente não se enquadra na DUT - Diretriz de Utilização, que trata dos critérios estabelecidos pela Agência Nacional de Saúde (ANS). A cooperativa reafirma seu compromisso em seguir todas as normas para garantir um atendimento justo e de qualidade a seus clientes.