Advogada diz que autor de ataque a escola de SP está assustado: 'É uma criança'

Adolescente de 13 anos está internado na Fundação Casa após matar professora

1 abr 2023 - 09h07
(atualizado às 14h35)
Aluno autor de ataque foi transferido da 34ª Delegacia de Polícia Civil para a Fundação Casa nesta segunda, 27
Aluno autor de ataque foi transferido da 34ª Delegacia de Polícia Civil para a Fundação Casa nesta segunda, 27
Foto: Suamy Beydoun/AGIF via Reuters Connect

O adolescente que atacou a escola Thomazia Montoro, na Vila Sônia, na Zona Oeste de São Paulo, na última segunda-feira, 27, está assustado, segundo a advogada Rafaela Dantas.

"Ele é uma criança e não entende exatamente os efeitos jurídicos de sua conduta. Ele não queria estar na Fundação de Casa", afirma a defensora do jovem de 13 anos ao jornal Folha de S. Paulo. O menino estava no 8º ano do ensino fundamental e matou a facadas a professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, a facadas. Outras cinco pessoas também acabaram feriadas pelo adolescente.

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De acordo com a advogada, o menino reclamava ser alvo de bullying e dizia que era chamado de "feio" e de "rato de esgoto". Dantas afirmou que falta treinamento aos professores para saber como se comportar em episódios como nesse.

"O tema bullying tem que ser abordado nas escolas. Os professores também precisam ser abraçadas nesta causa", declarou a defensora. 

Polícia já havia sido alertada de comportamento agressivo

O adolescente de 13 anos que atacou a escola já apresentava "comportamento suspeito nas redes sociais" antes do crime. Em fevereiro, uma funcionária de outra unidade educacional, em Taboão da Serra, havia feito um boletim de ocorrência denunciando a situação

De acordo com o jornal O Globo, à época em que ocorreu a notificação à Polícia Civil, em 28 de fevereiro deste ano, o menino estudava na Escola Estadual José Roberto Pacheco. Pouco tempo depois, ele foi transferido para o colégio onde fez o ataque à faca. 

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O caso foi registrado no 1° Distrito Policial de Taboão da Serra. A funcionária da escola relatou às autoridades que o estudante publicou "vídeos comprometedores", "portando arma de fogo" e "simulando ataques violentos". 

Além disso, ele teria encaminhado "mensagens e fotos de armas aos demais alunos por WhatsApp", e que alguns pais estavam se sentindo "acuados e amedrontados" com tais mensagens e fotos. Diante da denúncia, foi determinada a intimação dos pais do aluno e o prazo de seis dias para que as investigações fossem realizadas. 

Já em 15 de março, o adolescente foi transferido para a escola Thomazia Montoro, onde ocorreu o ataque. Na semana passada, o jovem se envolveu em uma briga, que teria começado após proferir xingamentos racistas a um colega. Ele o chamou de "macaco" e "ratinho". 

A confusão foi apartada pela professora Elisabete Tenreiro, de 71 anos, a primeira a ser atingida pelo aluno. Ela não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Pouco antes de ir para a escola, ele anunciou nas redes sociais que iria realizar o ataque. Em um dos tweets, ele afirma ter aguardado por esse momento a "vida inteira”, e que esperava matar ao menos uma pessoa.

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Fonte: Redação Terra
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