Na manhã desta quinta-feira (27), cerca de 40 agentes da Polícia Civil realizaram uma operação para prender três pessoas e cumprir mandados de busca em sete locais nas cidades de Caibaté, São Luiz Gonzaga e Ijuí, no Noroeste do Rio Grande do Sul. A ação está ligada a uma tentativa de homicídio registrada em 10 de outubro, na zona rural de Caibaté.
As investigações conduzidas pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de São Luiz Gonzaga identificaram a participação de nove envolvidos: seis adultos e três adolescentes. Um dos suspeitos já havia sido preso no dia do crime.
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Dinâmica do crime
Na data da tentativa de homicídio, dois homens, de 26 e 17 anos, foram até a residência da vítima, um idoso de 66 anos, acompanhados de um terceiro envolvido, de 25 anos. Ao chegarem, anunciaram ser policiais e ordenaram que o morador abrisse a porta. Desconfiado, o idoso recusou e, em seguida, os criminosos dispararam várias vezes contra a residência, sem atingi-lo.
Após os tiros, os suspeitos fugiram e esconderam a arma em uma área de mata próxima. Um dos criminosos foi preso em flagrante no mesmo dia e reconhecido pela vítima. Posteriormente, um adolescente foi abordado em via pública, portando uma arma de fogo que, supostamente, foi usada no crime.
Envolvimento com agiotagem
A investigação revelou que o crime foi motivado por uma dívida de R$ 100 mil. Um agiota de 74 anos, morador de Caibaté, teria contratado um presidiário de Ijuí, de 23 anos, para organizar o assassinato. O presidiário já possuía antecedentes por homicídios, tráfico de drogas e associação criminosa.
De acordo com a Draco, o idoso endividado havia proposto um pagamento parcial da dívida, mas a oferta foi recusada pelo agiota, que passou a ameaçá-lo de morte.
Prisões e encaminhamentos
Com base nas provas levantadas, o Poder Judiciário decretou a prisão dos principais envolvidos, que agora estão recolhidos no Presídio de São Luiz Gonzaga. A operação também contou com o apoio da Brigada Militar para garantir o sucesso da ação.
As investigações continuam para esclarecer a extensão das atividades criminosas relacionadas ao caso.
