A utilização da água armazenada nas profundezas das represas do sistema Cantareira, chamada de "volume morto" e considerado um plano B pelo governo estadual para tentar evitar um racionamento, poderá abastecer 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo por quatro meses, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A companhia iniciou recentemente as obras de instalação de 17 bombas que vão captar esse "volume morto" da represa de Atibainha, uma das seis do sistema Cantareira. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
A previsão da Sabesp é que essa água esteja disponível para consumo somente a partir de julho. Até lá, espera usar aquilo que já existe no sistema Cantareira. A partir daí, no tradicional período de seca, a companhia calcula que a água das profundezas será suficiente para abastecer a população por, no mínimo, quatro meses. O Estado nunca tinha precisado captar a água do fundo dos reservatórios porque eles jamais ficaram em níveis tão baixos em seus 40 anos de vida. A expectativa da Sabesp é retirar ao menos 200 bilhões de litros de água do "volume morto" dos reservatórios.