A fabricante da aviões Airbus disse à Justiça que os pilotos, a companhia aérea TAM e as condições de Congonhas são os responsáveis pelo acidente de 2007, quando ao tentar pousar no aeroporto localizado na zona sul da capital paulista o avião acabou cruzando a pista e explodindo em um prédio, no dia 17 de julho daquele ano, matando 199 pessoas. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
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Essa foi a primeira vez que a empresa se pronunciou sobre o acidente. As declarações aparecem em processo cível que a Airbus responde na Justiça, movida pela Itaú Seguros, seguradora da TAM e incumbida de pagar as indenizações da tragédia.
Na ação, no valor de R$ 350 milhões, a seguradora alega que houve falha no projeto da aeronave, o que a fabricante nega. De acordo com a Airbus, os pilotos não usaram o procedimento correto para um avião com reversor inoperante, caso do A320 naquele dia. Segundo laudos, o equipamento que ajuda a aeronave a frear estava desativado desde quatro dias antes do acidente.
Os erros foram possíveis, segundo a Airbus, em razão “do ambiente permissivo e desorganizado na companhia aérea e pela desorganização administrativa em que se encontrava a aviação civil no Brasil - essas as concausas do acidente”
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TAM, Airbus e Itaú não se pronunciaram sobre o processo. A Infraero se resumiu a dizer que a pista de Congonhas estava e está em boas condições. Ainda não há sentença sobre o caso.
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O voo JJ 3054 da TAM decolou do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, em direção a São Paulo no dia 17 de julho de 2007
Foto: Daniel Kfouri
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Todas as 187 pessoas no avião e mais 12 que estavam em solo morreram
Foto: Eugênio Goulart
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O avião da TAM atravessou a avenida Washington Luís e se chocou contra um depósito de cargas da própria companhia
Foto: Roberto Setton
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Chovia no dia do acidente e a pista, que havia passado por obras de recuperação, foi liberada sem a conclusão do grooving (ranhuras no asfalto que permitem o escoamento da água)
Foto: Everton de Freitas
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Chamas da aeronave podiam ser vistas de longe em São Paulo após a tragédia
Foto: Ernesto Rodrigues
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Escavadeira trabalha para retirar corpos durante a noite do acidente no aeroporto de Congonhas
Foto: Roberto Setton
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Garoto observa, com as mãos na cabeça, o resultado do acidente no aeroporto de Congonhas e arredores
Foto: Mauricio Lima
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Equipes de resgate trabalhavam nas busca por corpos das vítimas do acidente no dia seguinte à tragédia
Foto: Mauricio Lima
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Bombeiros trabalham para apagar o fogo causado pela colisão do Airbus A320
Foto: Roberto Setton
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Imagem de TV mostra uma reconstrução gerada por computador do acidente até o momento da colisão
Foto: AFP
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No dia seguinte ao acidente, foi realizada uma missa em Porto Alegre, de onde o avião partiu, em alusão às vítimas da tragédia
Foto: Jefferson Bernardes
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Parentes das vítimas em Porto Alegre se dirigiram ao aeroporto Salgado Filho após saberem do acidente com a aeronave que chegava em São Paulo
Foto: Jefferson Bernardes
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Caixão com vítima do acidente chega a Porto Alegre em 19 de julho
Foto: Jefferson Bernardes
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Mais de 5 mil pessoas realizaram uma marcha em 29 de julho em direção ao aeroporto em alusão à tragédia ocorrida no mês anterior
Foto: Daniel Kfouri
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Membros das equipes de resgate do acidente estiveram presentes na cerimônia de encerramento do Pan no Rio de Janeiro e levaram uma bandeira do Brasil ao Maracanã
Foto: Juan Mabromata
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Para lembrar um ano do acidente, familiares das vítimas do voo JJ 3054 levaram flores e um caixão para o aeroporto de Congonhas e protestaram em frente ao balcão da TAM
Foto: AFP
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Em agosto de 2008, os familiares fizeram uma manifestação em frente ao guichê da TAM no aeroporto Juscelino Kubitschek, em Brasília. Eles estiveram na capital federal para ver uma reconstituição do acidente feita pela Aeronáutica
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom
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A Polícia Civil de São Paulo indiciou, em novembro de 2008, 10 pessoas pelo desastre em Congonhas. São responsabilizados cinco funcionários e ex-representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), além de três da Infraero e dois da TAM
Foto: Zanone Fraissat
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Em março de 2009, familiares das vítimas se reuniram em São Paulo e realizaram um ato ecumênico para lembrar os mortos na tragédia
Foto: Marcelo Pereira
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Ainda em março de 2009, a associação dos familiares das vítimas organizou um protesto no saguão do aeroporto de Congonhas. Eles colocaram cartazes e fotos no chão, e rezaram
Foto: Vagner Magalhães
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Em maio de 2009, familiares fizeram um protesto silencioso no local do acidente. Após uma caminhada de cerca de 500 m, eles depositaram flores nos tapumes que cercam o terreno do antigo prédio da TAM Express, contra o qual o avião se chocou
Foto: Raphael Falavigna
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Familiares das vítimas do acidente com o voo JJ 3054 se reuniram em São Paulo, em maio de 2009, para tratar com o Ministério Público como seria tipificada a participação dos envolvidos no acidente
Foto: Reinaldo Marques
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No segundo aniversário da tragédia, em julho de 2009, os familiares e amigos das vítimas fizeram um protesto no aeroporto de Congonhas e seguiram para o local do acidente, na avenida Washington Luís
Foto: Marcelo Pereira
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A Aeronáutica apresentou, em outubro de 2009, o relatório da comissão que investigou o acidente. O grupo apontou que um dos manetes estava em posição de aceleração, enquanto deveria estar em ponto morto
Foto: Roosewelt Pinheiro
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Em julho de 2010, familiares lembraram três anos do acidente com o voo da TAM no local do acidente, em São Paulo
Foto: Levi Bianco
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Em 16 de julho de 2011, um dia antes do quarto aniversário da tragédia, familiares homenagearam os mortos em frente à Catedral da Sé, em São Paulo, onde uma missa foi realizada
Foto: Léo Pinheiro
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No quarto aniversário do acidente aéreo, em julho de 2011, um ato ecumênico foi realizado na praça onde ficava o prédio da TAM Express, contra o qual a aeronave se chocou. Na cerimônia, com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, foi assinado um protocolo para a construção do Memorial 17 de julho, em homenagem às vítimas
Foto: Léo Pinheiro
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No aniversário de 5 anos do acidente, o memorial foi inaugurado. No local, os nomes das 199 vítimas foram grafados em concreto
Foto: Léo Pinheiro
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O ponto central do memorial é uma amoreira que resistiu à colisão do avião e ao incêndio que iniciou logo após o choque
Foto: Léo Pinheiro
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O foi inaugurado na mesma hora e no mesmo local do acidente
Foto: Léo Pinheiro
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Segundo a Afavitam, o memorial é um local de reflexão para a importância da segurança no setor aéreo
Foto: Léo Pinheiro
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Familiares e amigos durante a inauguração da praça Memorial 17 de Julho, construída em homenagem às vítimas do acidente da TAM em 2012
Foto: Léo Pinheiro
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A TAM doou o terreno à Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do Voo TAM JJ 3054 (Afavitam), que manifestou à empresa, dias após a tragédia, o interesse em criar um memorial
Foto: Léo Pinheiro
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Avião da TAM sobrevoa a praça Memorial 17 de Julho, inaugurada em 2012 na avenida Washington Luiz, em frente ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, em homenagem às vítimas do acidente da TAM
Foto: Léo Pinheiro
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No aniversário do acidente em 2014, o memorial construído em frente ao aeroporto completa 2 anos