Alerta dirá quando começa o rodízio de água em São Paulo

Sabesp estuda definir nível mínimo de segurança do Sistema Cantareira para acionar oficialmente o rodízio

9 fev 2015 - 13h46
(atualizado em 10/2/2015 às 10h27)

Diante da pior crise de abastecimento da história, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) estuda criar um alerta para dar início ao rodízio oficial de água. O governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou que a medida está sendo discutida, mas não deu mais detalhes da ação.

Publicidade

“Essa é uma decisão técnica que, na hora em que estiver madura, a Sabesp vai falar”, disse Alckmin nesta segunda-feira. “Isso não está definido. Na hora em que for definido será feita toda uma explicação”, completou o governador, que tenta evitar um anúncio de rodízio.

<p>"Essa é uma decisão técnica que, na hora em que estiver madura, a Sabesp vai falar", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB)</p>
"Essa é uma decisão técnica que, na hora em que estiver madura, a Sabesp vai falar", disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB)
Foto: Débora Melo / Terra

Dos seis principais reservatórios que abastecem a região metropolitana, o Sistema Cantareira é o maior (atende 6,2 milhões de pessoas) e também o mais prejudicado pela crise: nesta segunda-feira, o Cantareira opera com 5,9% de sua capacidade, já na segunda cota do volume morto (reserva técnica).

‘Não há corte de água’

Publicidade

Alckmin, que tenta minimizar o desgaste político provocado pela crise da água, afirma que muito “trabalho” é feito para que um rodízio seja evitado. O tucano nega que algumas regiões já sofram cortes de água e afirma que o que ocorre é apenas “redução de demanda” – ou seja, redução de pressão.

Leitor faz captação de água de chuva para economizar em SP
Video Player

“Já fizemos um avanço importante de redução de demanda. Ela era de mais de 70 metros cúbicos por segundo, hoje é 54”, disse Alckmin. “Não há (corte no fornecimento). Você não tem nenhum caso de pressão zero. O que você tem é válvula redutora de pressão. A válvula redutora de pressão permite uma economia importante, porque você reduz à noite, de madrugada, e diminui as chamadas perdas invisíveis.”

De acordo com o governador, o maior problema diz respeito às residências que não têm caixa d’água. “Tendo uma reserva para 24 horas, ela não percebe, é imperceptível. O problema é que você tem pessoas que não têm caixa d’água, então nós estamos distribuindo caixas d’água (de 500 e 1.000 litros) para que todos tenham reserva para 24 horas”, disse Alckmin, lembrando que a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que cada pessoa precisa de 110 litros de água por dia.

Obras no Alto Tietê

O governador disse que “nos próximos dias” será iniciada uma obra que visa aumentar o volume de água do Sistema Alto Tietê, que atende 4,5 milhões de pessoas e também está em situação crítica, com apenas 12,6% de sua capacidade nesta segunda-feira.

Publicidade

De acordo com Alckmin, a obra de ligação entre o Rio Grande e o Sistema Alto Tietê será feita pela própria Sabesp e envolve a construção de uma estação elevatória em uma região que deverá ser desapropriada.

“É a própria Sabesp que vai fazê-la, então não vai ter licitação. A licitação será só para comprar tubos, são 11 km de distância. Vamos ter uma reunião ainda hoje para poder detalhar o início da obra, tem pouca desapropriação”, disse o tucano.

Foto: Arte Terra

Está passando por problemas com a água em sua cidade? Mande relatos, fotos e vídeos para nós pelo vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra, clicando aqui, ou envie pelo aplicativo WhatsApp, disponível para smartphones, para o número +55 11 97493.4521.

Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se