Trauma e audição afetada são alguns dos relatos dos estudantes afetados pela explosão de uma bomba em escola de São Gonçalo, no Rio de Janeiro. O artetato foi detonado em uma sala de aula do 9º ano do Colégio Elite. As investigações do caso estão em andamento no 72ª DP.
"É bem complicado falar sobre isso; acho que foi um trauma mesmo. Eu não consigo mais dormir direito e venho tendo muitos pesadelos. À noite, fico lembrando de tudo e acordo assustado. Lembro muito da sensação de andar desorientado pelo corredor", contou K L E, de 15 anos, ao jornal O Globo.
O adolescente conta que, no momento da explosão, o ouvido começou a produzir um zumbido e ele se desesperou. "Eu já tinha passado por um tratamento de ouvido antes e, na hora, me preocupei. Fiquei muito tonto e saí correndo da sala; fui um dos primeiros. Lembro de andar pelos corredores com a visão meio embaçada. Um amigo me carregou pelo ombro até a coordenação, porque eu estava muito confuso e perdido", relatou.
A mãe do adolescente relata que a responsável pela bomba continua indo às aulas e não foi punida. Ela reclama ainda que o colégio demorou duas horas para avisar sobre o acontecido e não encaminhou os jovens para um hospital.
"Tenho medo de deixá-lo ir para a escola. Estou considerando permitir que ele perca o ano letivo. Ele tem sofrido muito. Ele não conseguia nem comer direito por conta da dor de ouvido", comentou.
Em nota, o Colégio Elite informou que reforçou as medidas de segurança e "realizou uma reunião com todos os responsáveis para atendê-los".
Além de do adolescnete, a estudante A. N, de 14 anos, teve os dois tímpanos comprometidos. A bomba explodiu debaixo de sua cadeira.