O aluno que realizou um ataque a faca na Escola Estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, em São Paulo, havia se envolvido em uma briga com um colega de sala na última sexta-feira, 24. Renato Feder, secretário de Educação de São Paulo, confirmou que a diretoria da escola ouviu um aluno agredido pelo autor do ataque na sexta, e marcou uma reunião com ele para a manhã desta segunda-feira, 27.
O secretário confirmou ainda que o agressor veio transferido de outra instituição de ensino, por um caso de violência, mas não entrou em detalhes. Com exceção da professora Elisabete Tenreiro, que morreu durante o ataque, professores e alunos atingidos estão fora de perigo.
O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, também participou da coletiva de imprensa ao lado Feder, e assegurou que a polícia vai investigar as redes sociais do agressor para tentar descobrir se ele recebeu qualquer tipo de ajuda para cometer o atentado. Segundo publicado pela Folha de S.Paulo, o adolescente teria publicado nas redes sociais que realizaria o ataque nesta segunda.
Ações contínuas
O secretário de Educação afirmou que um grupo de psicólogos atuará para apoiar a comunidade escolar, e que a escola ficará fechada na próxima semana. Segundo as autoridades que participaram da coletiva, incluindo o gestor Mario Augusto, do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva), serão intensificadas as ações de prevenção já existentes.
Segundo o secretário de Educação, Renato Feder, 300 profissionais da área de psicologia já trabalham para a saúde mental das comunidades escolares do estado. Ainda segundo ele, cerca de 500 escolas possuem pelo menos um profissional da educação treinado para auxiliar em eventuais problemas.
"A gente vai ampliar isso, para alcançar todas as escolas (...) Não é do dia para a noite, a gente ampliar de 500 para 5 mil pessoas dedicadas ao CONVIVA", prometeu Feder.
O secretário ainda anunciou que, mesmo antes da tragédia, já existia uma previsão de contratação de 150 mil horas de atendimento presencial de psicólogos e psicopedagogos para as escolas do estado.
Já Derrite, secretário de Segurança do Estado, afirmou que pelo menos outros três casos parecidos foram evitados em outras cidades paulistas.
"Ações já vêm sendo tomadas pelo serviço de inteligência da polícia, para evitar que tragédias como essa aconteçam", disse o secretário.