Uma escola de São José do Rio Preto suspendeu dois alunos de 16 e 17 anos após eles se beijarem dentro do banheiro do colégio. A atitude da direção gerou revolta dos demais estudantes, que consideram o namoro entre alunos algo normal. Junto com entidades que lutam pela igualdade de gênero, os alunos organizaram um protesto em frente à Escola Estadual Monsenhor Gonçalves.
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“Se fosse um casal hétero, teria sido totalmente diferente”, disse uma das alunas do colégio. Os manifestantes querem que a direção repense a punição dada aos dois meninos.
Para Júlio César Caetano, diretor de uma ONG pelos Direitos Humanos, é preciso combater possíveis casos de homofobia. "Nós temos legislação tanto do estado como do município que pune qualquer tipo de discriminação relacionado à homofobia" , disse.
Professora de outra escola da rede estadual, Lenina Vernucci, avalia que é papel do colégio debater a diversidade de gênero nesses casos. “A escola tem que se preocupar sim com a educação sexual e com a diversidade de gênero, mas uma contribuição para que isso seja feito como debate e não como punição”, falou.
Segundo a dirigente regional de ensino, Maria Sílvia Nakaoski, não é permitido o namoro dentro da escola. “Está na norma de convivência, que é feita pelos próprios alunos. Namoro não é para escola, não é o lugar adequado. Se a gente considerar que foi um beijo de namorados, uma coisa mais incisiva, então não está permitido", disse a dirigente, que garantiu que vai revisar o caso dos dois adolescentes.
Um dos alunos acabou se transferindo do colégio após o ocorrido por vontade dos pais. O segundo permanece na escola e terá o caso analisado pela direção do colégio.