Um dos brasileiros alvo de mandados de busca e apreensão, cumpridos pela Polícia Federal (PF) na última quarta-feira, 8, confessou que estava sendo recrutado pelo grupo terrorista Hezbollah e que recebeu proposta para realizar atentados no Brasil. As informações são de apuração do jornalista César Tralli, da GloboNews.
A identidade dos brasileiros que foram alvos da Operação Trapiche não foram reveladas. Este homem, que não chegou a ser preso, prestou depoimento na PF e disse que foi a Beirute, no Líbano, e que conversou com um integrante do Hezbollah.
Lá, ouviu que estavam procurando "pessoas com disposição para matar e sequestrar". Agora, a PF busca outros indícios sobre o suspeito para definir se irá pedir sua prisão à Justiça.
Outros dois brasileiros foram presos na operação. Destes, um ficou calado durante o depoimento.
Já o outro disse que viajou ao Líbano para negociar ouro e agrotóxico. Os investigadores, porém, desconfiam da versão, que disseram parecer ser "ensaiada para tentar ganhar tempo".
Entre os alvos, há ainda um sírio naturalizado brasileiro que está em Beirute, mas morava em Belo Horizonte. A PF já descobriu, com base em cooperação policial internacional, que ele já lutou com guerrilheiros do Hezbollah contra o Estado Islâmico em território sírio.
Este suspeito foi alvo de nove mandados de busca e apreensão em endereços associados a ele, em Minas e no DF, sendo sete endereços comerciais e dois residenciais. Ele também tem um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Federal de Minas Gerais.
No entanto, os brasileiros que estão no Líbano só podem ser presos caso deixem o território libanês ou retornem ao Brasil.