Daniel Sonnewend Proença, o único sobrevivente do ataque a tiros que matou três médicos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, já passou por cinco cirurgias desde o atentado e ainda deve fazer mais duas. "É um processo longo, mas botei na minha cabeça que espero que todo dia tem que ser uma superação, um degrau a mais", disse em entrevista ao Fantástico, na TV Globo, exibido no domingo, 17.
Segundo ele, a tragédia também fez com que ele se tornasse mais "humanizado". “Muda um pouco a cabeça, o jeito de se ver um pouco as coisas. Entende-se um pouco mais da brevidade da vida, todos esses fatores que às vezes assustam um pouco mais e mudou que todo dia está sendo exigido muito de mim [...] O novo Daniel é o Daniel que virou paciente mas agora está ficando mais fácil entender as dificuldades que as pessoas passam, as dores, as inseguranças. Então acho que me deixou mais humanizado", explicou.
O único médico sobrevivente do ataque ainda destacou que pretende honrar a memória dos amigos. "Quando eu voltar, o cuidado ao próximo, com certeza, vou fazer representando não só a mim, mas aos quatro que estavam naquela mesa porque tinham o mesmo padrão de trabalho, de compromisso com o próximo. Seguirei como se eles estivessem lá, com alegria, deixando o clima do centro cirúrgico um clima gostoso, fazendo com que as cirurgias andem bem, deem certo, o resultado seja satisfatório e o clima muito bom pra todo mundo", finalizou.
Uma das vítimas do atentado era o ortopedista Diego Ralf de Souza Bomfim, irmão da deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL).