A Polícia Civil de São Paulo trabalha com a hipótese de mais envolvidos no ataque a escola ocorrido nesta segunda-feira, 23, em Sapopemba, na zona leste de São Paulo. Uma adolescente morreu baleada e outras duas ficaram feridas.
Segundo fontes policiais ouvidas pelo Estadão, o autor dos disparos, um adolescente de 16 anos, integrava grupos em plataformas digitais e interagia frequentemente com outras pessoas. Assim, a Polícia Civil trabalha com a hipótese de que mais pessoas teriam responsabilidade sobre o atentado ocorrido nesta segunda-feira na Escola Estadual de Sapopemba.
O celular do adolescente foi apreendido para averiguação. A corporação pediu ajuda para o Ministério da Justiça, que tem um laboratório especializado em crimes cibernéticos, para entender melhor como se davam as interações.
O ataque a escola ocorreu no começo da manhã desta segunda-feira. Uma adolescente de 17 anos, que teria sido atingida na escada da escola, morreu após ser socorrida. Outras duas, de 16, também foram atingidas e levadas para o pronto-socorro do Hospital Estadual de Sapopemba.
Uma estudante continua internada. De acordo com o boletim médico, seu estado de saúde é estável. Outros dois adolescentes já tiveram alta. O terceiro ferido é um aluno que machucou a mão ao quebrar uma janela para tentar escapar.
O autor do ataque será indiciado por crime análogo a homicídio e duas tentativas de homicídio. Ele deve ser encaminhado à Fundação Casa ainda nesta segunda-feira.
NOTA DA REDAÇÃO: O Estadão decidiu não publicar detalhes sobre o autor do ataque. Essa decisão segue recomendações de estudiosos em comunicação e violência. Pesquisas mostram que essa exposição pode levar a um efeito de contágio, de valorização e de estímulo do ato de violência em indivíduos e comunidades de ódio, o que resulta em novos casos. A visibilidade dos agressores é considerada como um "troféu" dentro dessas redes.