Ato contra tarifa tem bombas e vandalismo no centro de SP

Confusão começou no largo do Paissandu e terminou na praça da República; reportagem presenciou policial militar atirando balas de borracha de um carro em movimento

23 jan 2015 - 18h27
(atualizado em 24/1/2015 às 09h12)
Protesto do MPL termina em confronto e bombas no centro de SP
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O "4º Grande Ato Contra a Tarifa", organizado pelo Movimento Passe Livre (MPL), terminou com repressão policial na noite desta sexta-feira, em São Paulo. A Polícia Militar (PM) usou balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar manifestantes, e ao menos três pessoas ficaram feridas. Durante a confusão no centro da cidade, mascarados depredaram duas agências bancárias. De acordo com a PM, quatro pessoas foram detidas com rojões e encaminhadas ao 2º DP (Bom Retiro).

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O protesto - que reuniu 1.200 pessoas, segundo a polícia, e 8 mil, segundo o MPL - saiu às 18h30 do Theatro Municipal e percorreu ruas do centro. Debaixo de chuva, a manifestação seguiu pacífica até poucos metros do final do percurso. A confusão começou por volta às 20h30, com uma explosão na Rua Conselheiro Crispiniano, próximo à Avenida São João, no largo Paissandu. Ainda não é possível afirmar se o estouro foi causado por um rojão lançado por manifestantes ou por uma bomba de efeito moral da PM.

Com a explosão, houve tensão e correria, e a polícia respondeu com bombas de gás e de efeito moral. Os manifestantes, então, se dispersaram, mas uma parte seguiu pela São João com destino à Praça da República. Foi então que começou o quebra-quebra: mascarados espalharam e queimaram lixo pela rua e depredaram as agências. Quando outros manifestantes voltaram a se encontrar na praça, novas bombas foram lançadas pela polícia.

Na Avenida Ipiranga, a reportagem presenciou o momento em que um PM atirou balas de borracha de um carro de movimento em direção à praça. No local havia, inclusive, diversos jornalistas equipados e identificados como imprensa. Em outro momento, um repórter do jornal O Estado de S.Paulo ficou ferido após ser atingido por uma bala de borracha na coxa.

A estação República do metrô chegou a ser fechada por alguns minutos durante a confusão. De acordo com a Polícia Militar, 500 homens acompanharam o ato, entre eles policiais da tropa de choque e da "tropa do braço", além de quatro helicópteros.

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Um novo ato contra a tarifa já foi marcado para a próxima terça-feira, às 17h, no Largo da Batata, em Pinheiros (zona oeste).

<p>Agência do Bradesco depredada na Praça da República</p>
Agência do Bradesco depredada na Praça da República
Foto: Débora Melo / Terra

Assim como nos protestos anteriores, o trajeto foi definido em assembleia. Nesta sexta, a passeata seguiu até a Prefeitura de São Paulo, no Viaduto do Chá, e a Secretaria dos Transportes Metropolitanos, na Rua Boa Vista. Depois, seguiu pela Avenida Brigadeiro Luís Antônio, até o viaduto Maria Paula, onde alcançou a Câmara Muncipal. Depois, deveria terminar na Praça da República, mas os manifestantes resolveram voltar ao ponto incial, o Theatro, antes de chegar à praça. 

O MPL protesta contra o aumento de R$ 3 para R$ 3,50 nas passagens de ônibus, metrô e trem de São Paulo. Uma catraca foi queimada pelo grupo em frente ao Theatro.

Manifestantes do MPL protestam debaixo de chuva em SP
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Fonte: Terra
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