O rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro, despejou milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração, devastando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 pessoas
O rompimento da Barragem de Fundão, em 5 de novembro, despejou milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração, devastando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 pessoas
Foto: Agência Brasil

A Mineradora Samarco informou hoje (27), por meio de comunicado, o registro de novo vazamento na Barragem de Fundão. A empresa retirou funcionários do local e afirmou não ter havido necessidade de acionar a sirene instalada para alertar a população.

De acordo com a Samarco, ocorreu “uma movimentação de parte da massa residual”, que teria sido causada pelo grande volume de chuvas que caiu sobre a região nas últimas semanas.

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A Defesa Civil e a prefeitura de Mariana (MG) confirmaram que foram informadas pela Samarco sobre o novo vazamento, mas descartaram risco para a população, apesar de a empresa ter emitido um alerta amarelo.  

Por meio da assessoria de comunicação, a Defesa Civil de Minas Gerais disse que o vazamento não teve grandes proporções, tratando-se de um “desplacamento de resquícios minerais”, ou seja, deslocamento dos resíduos de minério que ainda restam na barragem.

A Barragem de Fundão, localizada em Mariana e de propriedade da Samarco, uma joint venture das mineradoras brasileira Vale e anglo-australiana BHP, se rompeu no dia 5 de novembro.

Milhões de metros cúbicos de resíduos de mineração armazenados no local foram liberados, devastando o distrito de Bento Rodrigues e matando 17 pessoas. Duas permanecem desaparecidas. O incidente deixou um rastro de destruição ao longo da margens do Rio Doce e  afluentes, causando também o colapso no abastecimento de água em municípios que integram a bacia. 

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Segundo a Samarco, o volume de resíduos de mineração que se deslocou hoje se acomodou entre as barragens de Fundão e Santarém. Conforme a empresa, as barragens de Santarém e Germano, que sofreram danos e foram submetidas a obras de recuperação após o desastre em Mariana, continuam estáveis. 

O promotor Carlos Eduardo Ferreira, responsável pelo Núcleo de Combate a Crimes Ambientais no  Ministério Público de Minas Gerais, ordenou a ida de um representante do MP-MG ao local para investigar o novo vazamento.

Agência Brasil
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