Brigada Militar inicia uso de câmeras corporais para patrulhamento em Porto Alegre

Medida visa aumentar a transparência e a supervisão das atividades policiais

30 set 2024 - 12h07
(atualizado às 12h10)

A partir desta segunda-feira (30), cerca de 300 das mais de 2 mil câmeras corporais que devem ser instaladas até o final do ano nos coletes da Brigada Militar (BM) entrarão em funcionamento. O início do uso dos equipamentos será focado nos policiais que atuam no patrulhamento do Centro Histórico de Porto Alegre. Os detalhes da implementação serão revelados em um evento programado para o final da tarde no Comando de Policiamento da Capital (CPC), localizado no bairro Menino Deus.

As câmeras permanecerão ligadas e gravando durante todo o tempo em que os policiais estiverem em serviço, permitindo que os agentes visualizem as imagens em tempo real. Além disso, um sistema de supervisão possibilitará que superiores revisem as gravações, tanto para garantir o uso adequado do equipamento quanto para fins de treinamento. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Rio Grande do Sul (SSP-RS), "tudo será auditado". Qualquer acesso indevido ou manipulação das imagens acionará alertas, garantindo a integridade do material gravado.

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Os agentes da Polícia Civil também serão equipados com câmeras corporais, embora ainda não haja uma data definida para a implementação dessa medida.

Funcionamento das câmeras corporais

Ativação e gravação: Ao iniciar o turno, o policial utiliza uma câmera designada a ele, que é acessada por meio do seu número de identificação funcional. A gravação inicia automaticamente assim que o equipamento é retirado da base de carregamento e encerra apenas quando é reconectado para recarga.

Localização e registro: O equipamento é fixado no fardamento, na área central do tórax, e não pode ser desligado pelo policial. A gravação tem dois modos: rotina (baixa resolução) e eventos (alta qualidade), sendo que a mudança para a gravação de eventos é acionada manualmente pelo policial.

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Acesso e análise: As imagens gravadas podem ser acessadas remotamente pela central de comando e controle, com acompanhamento em tempo real. O sistema também permite que os policiais interliguem registros de ocorrências com vídeos, adicionando informações relevantes.

Comparação de gravações: Mais de uma câmera pode ser analisada simultaneamente, utilizando georreferenciamento e registro de horário. Isso facilita a revisão de incidentes de grande repercussão.

Segurança e controle: A plataforma utilizada é protegida por criptografia e possibilita a busca de vídeos por diversos parâmetros, como data, nome do policial e localidade. Essa funcionalidade garante um controle rigoroso dos dados, permitindo que sejam utilizados como material legal em eventuais processos judiciais.

Recursos tecnológicos: As câmeras possuem uma bateria de pelo menos 12 horas, funcionam em condições de baixa luminosidade e oferecem transmissão ao vivo. A tecnologia de estabilização de imagem assegura que as gravações sejam claras e estáveis, mesmo em situações de alta intensidade.

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Com a implementação dessas câmeras, a Brigada Militar busca aumentar a transparência das ações policiais e melhorar a supervisão das atividades, contribuindo para um ambiente mais seguro e confiável para a população.

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