Cabo da Polícia Militar do Distrito Federal, Carlos Victor Fernandes Vitório, foi expulso após criticar a gestão da corporação durante a pandemia de covid-19 e pressionar comandantes pela vacinação da tropa.
O cabo da Polícia Militar do Distrito Federal Carlos Victor Fernandes Vitório foi expulso após criticar o comando da corporação durante a pandemia de covid-19. Em 2021, o militar reclamou dos gastos para troca de fardamento em meio à falta de imunização para os oficiais.
Na ocasião, Vitório defendeu que a prioridade deveria ser com a vacinação dos agentes. "Neste quadro pandêmico, há prioridades que, realmente, importam à sociedade do Distrito Federal, e nenhuma diz respeito à uniformização policial, mas muitas delas dependem da saúde da tropa. A segurança pública depende de homens com saúde, não com novos uniformes, mas, sim, com imunização", disse publicamente, conforme a coluna Na Mira, do Metrópoles.
Alvo de um processo administrativo, Vitório foi expulso por ter agido de forma irregular e tido condutas consideradas graves. Conforme o documento, o cabo portou-se de maneira inconveniente e desrespeitou a autoridade das Forças Armadas.
Vitório também atuava como presidente da Caserna. A entidade, que representa cerca de 3 mil policiais militares do DF, apresentou um pedido judicial cobrando a testagem para covid-19 entre os oficiais. A Justiça não acolheu o pedido, mas a medida acabou pressionando o comando da PMDF a testar a corporação regularmente.
De acordo com a publicação, integrantes da instituição, que não foram identificados, consideraram a expulsão "antidemocrática, abusiva, absurda e covarde." Após as críticas de Vitório, militares de alta patente foram flagrados furando a fila de vacinação. Com a denúncia, o então comandante-geral da PMDF, coronel Julian Rocha Pontes, foi exonerado.