Ao que tudo indica até o momento, o idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, chegou morto à agência bancária em que foi levado por uma suposta sobrinha para sacar um empréstimo de R$ 17 mil. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a perícia inicial feita no cádaver mostrou que ele morreu deitado, e não sentado.
A autópsia ainda não é conclusiva, mas peritos já informaram à Polícia Civil que foi encontrado livor cadavérico (sangue que se acumula em regiões do corpo depois que o coração para de bater) na região da nuca de Braga. Como o sangue costuma ficar retido nas extremidades do corpo, devido à ação da gravidade, a presença do livor na nuca indica que ele teria morrido deitado.
A constatação contraria o que diz a defesa de Erika de Souza Vieira Nunes, de 43 anos, segundo a qual o homem chegou vivo ao banco e teria morrido sentado. Caso esse tivesse sido o caso, o livor cadavérico deveria aparecer em suas pernas ou braços.
No Boletim de Ocorrência, acessado pelo jornal, o médico Leandro Henrique Magro, que integra a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), afirmou à polícia que o idoso aparentava ter sofrido uma "intoxicação exógena", ou seja, por exposição a drogas, medicamentos ou outras substâncias.
Por isso, o médico optou por não realizar a declaração de morte, por considerar que o homem já estava em óbito. O corpo de Paulo Roberto Braga foi, então, levado ao Instituto Médico Legal.
Nesta quarta-feira, 17, Erika fez exame de corpo de delito e foi levada a um presídio, onde passará por audiência de custódia. A Polícia Civil afirmou que a mulher foi autuada em flagrante por tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio a cadáver. As autoridades apuram se ela realmente era parente do idoso.