Um grupo de oito indústrias do interior de São Paulo tem permissão para captar dos rios uma quantidade de água duas vezes maior que a cidade de Campinas, a 93 km de São Paulo, 1,1 milhão de habitantes.
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Rhodia, Petrobras e Suzano Papel e Celulose estão entra as líderes de captação de água na região, informa o jornal Folha de S.Paulo. Ao todo, 580 indústrias estão autorizadas a captar água dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, que engloba o sistema Cantareira, principal vítima da falta de água na região metropolitana de SP.
A multinacional do setor químico, Rhodia, teve sua unidade paralisada em 2014 em razão da crise de água.
Em alguns casos, a água captada por essas empresas causa impacto no abastecimento para a população. Diante da crise hídrica, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) estuda mudar as regras de concessão em prol dos moradores. Atualmente a legislação dá preferência à população, mas para especialistas como Mônica Porto, secretária-adjunto de Recursos Hídricos, a regra não é suficiente para condições climáticas.
O primeiro passo já foi dado, a Agência Nacional de Água (ANA) e o Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo determinaram que, só pode ser retirada água pelas empresas quando o rio acima de determinado nível.