O nível do Sistema Cantareira subiu novamente e atingiu nesta quinta-feira o patamar de 14% de sua capacidade, contando com a cota do volume morto. O número tem um grande significado, já que foi alvo de polêmica no mês passado quando o jornal Folha de S. Paulo publicou que projeções do governo apontavam que, se o Cantareira atingisse o patamar de 14% até o final de março e as obras emergenciais previstas para elevar a capacidade dos reservatórios não atrasarem, o rodízio de água poderia ser descartado na Grande São Paulo.
Dias após a publicação, porém o governador Geraldo Alckmin (PSDB) negou que houvesse definido um “gatilho” baseado no nível de 14%. Alckmin disse ainda, na época, que não havia nenhuma definição sobre o percentual ideal para que o racionamento fosse evitado.
Elevação reservatórios
Ontem e hoje, houve o acúmulo de 4,4 milímetros (mm) de chuva no reservatório, o que fez com que o patamar anterior de 13,7% fosse deixado para trás. O reservatório abastece cerca de seis milhões de pessoas na Grande São Paulo.
Durante todo o mês de março, choveu 131,5 mm na região do Cantareira. A média histórica para o mês é de 178 mm, segundo a Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp).
Os outros reservatórios da região metropolitana de São Paulo também registraram elevação. No Guarapiranga, o nível passou de 71,6% para 72,2%, com as chuvas chegando a 1,4 mm. No Alto Cotia, as chuvas, que somaram 1 mm, contribuíram para que a capacidade do sistema passasse de 52,3% para 53,3%. O nível de armazenamento alcançou 20,4% no Alto Tietê, enquanto no dia anterior estava em 20,2%.
No Rio Grande, o volume armazenado passou de 92,7% para 93,3%, devido aos 6,2 mm de chuva registrados de ontem para hoje no reservatório. No Rio Claro, o nível que estava ontem em 39,8%, chegou a 39,9% da capacidade depois do 0,2 mm de chuva.