O carro em que estava Vinicius Hayden, ex-assessor do vereador Gabriel Monteiro, será periciado no Instituto de Criminalística Carlos Éboli nesta segunda-feira, 30, informa o jornal O Globo. Hayden morreu no último sábado, 28, em um acidente na RJ-130. Dias antes, o ex-assessor relatou estar sofrendo ameaças.
A perícia foi solicitada pelo delegado responsável pelo caso, Marcio Mendonça Dubugras, e irá buscar por alguma alteração mecânica, elétrica ou do sistema de combustível do veículo, que capotou no acidente.
De acordo com o jornal, dentro do veículo foram encontrados documentos com o depoimento que o ex-assessor prestou à Câmara de Vereadores do Rio, que apura denúncias contra Gabriel Monteiro, na quarta-feira, 25. Na ocasião, Vinicius Hayden relatou estar sofrendo ameaças e vestiu um colete à prova de balas para prestar os esclarecimentos.
A vereadora Teresa Bergher (Cidadania) disse que chegou a receber ligações nas quais Vinicius pediu a disponibilização de seguranças para ele. "[Vinicius] foi orientado a fazer um ofício com este pedido. Ele ficou de entregar o documento nesta segunda-feira, mas, infelizmente, não teve tempo", afirmou em nota.
Uma testemunha do acidente que matou o ex-assessor disse que não houve intervenção de terceiros, que o carro já apresentava problemas mecânicos e que o capotamento foi causado pelo desconhecimento de Vinicius sobre o caminho, a falta de iluminação e a sinalização precária da via.
Nas redes sociais, Gabriel Monteiro lamentou a morte de Vinicius e negou as acusações que seu ex-assessor fez na Câmara. "Quem me conhece sabe que não desejo mal a ninguém. Meu ex-assessor que tinha sido pego oferecendo 600 mil reais a outro assessor para forjar provas contra mim. Que foi flagrado junto com o 02 da máfia do reboque. Morreu num acidente. É triste demais. Jamais torceria por esse fim! Após tentarem me forjar em estupros, pedofilias, assédios, e mil outros crimes. Vão falar que eu o matei. De coração, que ele esteja com Deus. Imagino a dor dos seus pais, pessoas maravilhosas", escreveu.
Em seu depoimento, Vinícius Hayden disse que era orientando pelo vereador a investigar parlamentares para produção de material vexatório contra os alvos.