Detentos renderam policiais penais e fugiram da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga2), no município de Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza, Ceará, na noite deste sábado, 3. As informações foram confirmadas pelo Sindicato dos Policiais Penais do Ceará (Sindppen-Ce).
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Em um vídeo publicado nas redes sociais, o sindicato afirma que muitos detentos ainda estão foragidos, embora alguns já tenham sido recapturados. O Terra tenta confirmar, mas, segundo o UOL, a revolta aconteceu no complexo prisional onde Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, 26, cumpre pena. Ele é sobrinho de Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, considerado líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, o PCC.
Ainda segundo o site, um policial teria levado um mata-leão ao trancar um detento em uma cela. A partir de então, ele teria sido amordaçado, algemado e ameaçado pelos presos. Ele estaria sozinho devido ao baixo efetivo de policiais penais. Depois, mais de 10 presos teriam rendido outros dois policiais penais, roubando armas, coletes à prova de balas e chaves de celas.
Os presos que fugiram seriam aqueles que estavam detidos provisoriamente, ou seja, ainda não estavam condenados pela Justiça. Os internos também teriam atirado contra os policiais durante a fuga, e os agentes revidaram.
O Terra entrou em contato com a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) do Ceará, mas não houve retorno sobre a quantidade de detentos foragidos. Também não há informações sobre quantos foram recapturados até o momento. Quando houver novidades, este texto será atualizado.
Segundo Joelia Silveira Lins, presidente do Sindppen-CE, a situação começou às 19h30 e já estava controlada por volta das 22h. Em um vídeo publicado nas redes sociais, ela afirma que o baixo efetivo de policiais penais tem sido um problema recorrente nas prisões do Estado.
"Eu volto a repetir aqui e por diversas vezes já foi denunciado por esse sindicato a questão do baixo efetivo, que gera a insegurança dentro das unidades prisionais e que nada tem sido feito até o momento. Mas é uma tragédia já anunciada há muito tempo e que o Governo do Estado, que a Secretaria da Administração Penitenciária, tem ciência disso", disse.
Ela reforçou que o sindicato prestou atendimento aos policiais rendidos, que tiveram ferimentos, e estavam com o psicológico muito abalado após o ocorrido. Eles foram hospitalizados e liberados em seguida.