CE: na cola da Seleção, estudantes protestam em Fortaleza

17 jun 2013 - 22h05
(atualizado às 22h23)

Centenas de estudantes se reuniram no final da tarde desta segunda-feira na Praça da Getilândia, que fica nas proximidades do Estádio Presidente Vargas (PV), centro de treinamento da Seleção Brasileira em Fortaleza, para manifestar apoio aos protestos que estão acontecendo em todo o País. Diante da presença de jornalistas de várias partes do mundo, que estão na cidade para cobrir a Copa das Confederações, o grupo também procurou chamar a atenção para os gastos públicos que estão sendo demandados para a realização dos eventos esportivos realizados pela Fifa.

"Esta será uma semana em que iremos realizar várias manifestações, inclusive na quarta-feira (dia do jogo entre Brasil e México, na Arena Castelão)", disse o jornalista Roger Pires. De acordo com ele, este foi um protesto que aconteceu de forma espontânea e que ganhou força por meio das redes sociais. "Não estamos querendo chamar a atenção para um assunto pontual, queremos discutir sobre a demarcação de terras indígenas, os gastos com a Copa, direitos estudantis e outras questões que estão nos incomodando. E, para isso, estamos contando com o apoio de outros setores da sociedade", disse o manifestante, Thiago Freitas, que acompanhou a caminhada desde o seu início.

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Em um protesto pacífico, os estudantes realizaram uma caminhada do PV até o Hotel Marina Park, onde a Seleção Brasileira está hospedada. Durante o percurso, os manifestantes paralisaram o trânsito de duas das avenidas mais movimentadas da capital cearense, a 13 de Maio e Domingos Olímpio. Com rostos pintados, gritos de protestos e cartazes pedindo “abaixo a corrupção”, o grupo foi acompanhado pela polícia até a sua dispersão.

Greve de ônibus

Os motoristas e cobradores de ônibus de Fortaleza também realizaram protesto durante a manhã. A categoria, que pede por melhorias salariais, paralisou as atividades no Terminal do Papicu, entre 10h e 12h, obrigando o desembarque de passageiros do lado externo do terminal. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Ceará (Sintro), os protestos seguirão até que o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado (Sindiônibus) aceite voltar a negociar.

Fonte: Especial para Terra
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