O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), classificou como "cenas de guerra" a situação que vive Petrópolis, cidade na região serrana, após fortes chuvas que causaram deslizamentos e alagamentos na terça-feira, 15.
"É realmente uma tragédia grande. Cenas de guerra! Carros pendurados em postes (...) O que nós vimos é uma cena muito triste, cena praticamente de guerra", definiu em entrevista para a GloboNews.
Até a manhã desta quarta-feira, 16, a Defesa Civil informou o número de mortes que já passa de 30.
A prefeitura decretou estado de calamidade pública, que permite gastos extras ao município, além de atraso e parcelamento de dívidas.
Cláudio Castro informou ainda que famílias desabrigadas estão sendo acolhidas em escolas públicas da cidade e vão receber aluguel social.
O governador ainda pediu "todo apoio" para Petrópolis e informou que o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, deve ir até a cidade ainda nesta semana. Castro afirmou também esperar a visita do presidente Jair Bolsonaro (PL), que está na Rússia.
Estamos em Petrópolis articulando toda a ajuda necessária neste momento. Ao meu lado, estão os secretários do Estado e o presidente da @alerj , @AndreCeciliano . pic.twitter.com/xvWa0uMkbl
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) February 16, 2022
Cidade "não vai funcionar"
O prefeito de Petrópolis (RJ), Rubens Bomtempo (PSB), também se manifestou em meio a tragédia. Em entrevista para a TV Globo, Bomtempo deixou claro que a cidade parou e ressaltou o estado de calamidade.
"Basicamente a cidade não vai funcionar", pontuou. "Você não consegue promover a mobilidade na cidade, as principais artérias foram obstruídas. Não tem condição de você colocar a cidade para funcionar num curtíssimo espaço de tempo (...) O que deve funcionar é resposta que a gente tem que estar dando do ponto de vista das urgências na cidade".
O prefeito afirmou ainda que situações do tipo já fazem parte da rotina do município. "Existe na nossa cidade uma cultura de resiliência a esta questão da chuva. Nós temos um sistema de pluviômetro, um sistema de sirenes, núcleo de defesa Civil, voluntários que atuam diretamente nas comunidades. Existem pontos de apoio, que as pessoas já conhecem", detalhou.
Petrópolis foi uma das cidades atingidas, junto com Nova Friburgo e Teresópolis, pela maior tragédia climática que o País já viveu. Em janeiro de 2011, mais de 900 pessoas morreram e 100 seguem desaparecidas em consequência das chuvas que caíram na região naquele ano.