Chefe de Central de Ambulâncias recusa veículo para morador que teria criticado prefeitura

Áudio vazado expõe situação; caso aconteceu em Nova Venécia, no Espírito Santo

26 mar 2024 - 20h52
(atualizado às 21h45)
Nova Venécia, no Espírito Santo
Nova Venécia, no Espírito Santo
Foto: Reprodução/Prefeitura de Nova Venécia

O chefe da Central de Ambulâncias de Nova Venécia, no Espírito Santo, Eduardo Cesana, é acusado de recusar atendimento a um morador que teria feito críticas à gestão do município. Em um áudio, que vem circulando em grupos das redes sociais e foi exposto pelo deputado Lucas Polese (PL), o servidor nega o envio do socorro. 

O áudio foi divulgado nesta terça-feira, 26, durante uma sessão na Assembleia Legislativa do ES. Na conversa feita por telefone, um cidadão, cujo nome não foi revelado, informa a Eduardo que um vigia da prefeitura que trabalha na rodoviária, identificado como "Paulinho Rolinha", caiu e lesionou um dos pés. Em seguida, pede uma ambulância para socorrê-lo, o que o servidor nega. 

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“Deixa ele lá. Não vou atender ele não, tá bom", responde Eduardo. O solicitante ri com a resposta e questiona o motivo. "Deixa ele se virar. [...]  Ah, ele fala muito mal da administração", justifica o chefe da central. "Eu sei disso, mas é cidadão, né?", insistiu o cidadão. Porém, Eduardo mantém a palavra: "Eu sabia que uma hora ele ia precisar." 

Nas redes sociais, o prefeito do município, André Fagundes, comentou sobre o assunto. "Desde quando trabalhei no hospital, como secretário de Saúde e agora como prefeito, política pública tem que ser pra todo mundo. E assim que espero, que todos sejam atendidos com igualdade, com respeito, com humanização", disse. 

De acordo com ele, a gestão irá tentar melhorar o atendimento e resolver o problema "para não acontecer com mais ninguém". 

O Terra tentou contato com a Secretária de Saúde do município, mas não obteve retorno até o momento. Sobre Eduardo Cesana, acusado de recusar o atendimento, não conseguimos localizar uma forma de comunicação com ele. O espaço segue aberto para futuras manifestações. 

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Fonte: Redação Terra
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