Chefe de facção de Porto Alegre é preso em apartamento de luxo em SC

Mano Chinelo liderava operações criminosas no bairro Sarandi, comandando pontos de tráfico de drogas em áreas como as vilas Elizabeth, Asa Branca e Brasília

10 jan 2025 - 09h30

Em uma operação conjunta entre a 3ª Delegacia de Homicídios (3º DHPP) e a DHPP de Gravataí, Mano Chinelo, 37 anos, apontado como chefe de uma facção criminosa que atua na zona Norte de Porto Alegre, foi preso nesta quinta-feira (9) em Itapema, Santa Catarina.

Foto: Policia Civil/Divulgação / Porto Alegre 24 horas

Mano Chinelo, cujo verdadeiro nome não foi divulgado, era considerado foragido desde novembro de 2024 e é investigado como mandante de pelo menos sete homicídios ocorridos nos últimos meses do ano passado, além de um triplo homicídio em Alvorada no final de outubro. Ele liderava operações criminosas no bairro Sarandi, comandando pontos de tráfico de drogas em áreas como as vilas Elizabeth, Asa Branca e Brasília.

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O histórico criminal

Condenado a quase 50 anos de prisão, Mano Chinelo já havia sido enviado para a Penitenciária Federal de Campo Grande em 2020, mas foi transferido de volta ao Rio Grande do Sul, onde ficou preso na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc). Em setembro de 2024, ele foi beneficiado por uma decisão judicial que lhe concedeu regime domiciliar por razões de saúde, sem obrigatoriedade de uso de tornozeleira eletrônica.

O benefício, que previa cirurgia e posterior retorno à prisão, permitiu que Mano Chinelo desaparecesse. Desde então, ele teria continuado a comandar ações da facção, incluindo execuções de rivais em Gravataí e Alvorada.

O criminoso foi encontrado em um apartamento de luxo na turística cidade de Itapema, onde escondia R$ 40 mil em dinheiro. No local, também foi apreendido um Toyota Corolla que, segundo a polícia, era utilizado durante sua fuga.

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Contexto na região

Líder de uma célula ligada a uma facção maior oriunda do bairro Bom Jesus, na zona Leste de Porto Alegre, Mano Chinelo comandava uma rede criminosa que, além de tráfico de drogas, estava envolvida em homicídios e extorsões na região. Seu histórico inclui 13 indiciamentos por homicídios, além de acusações por roubo, tráfico e outros crimes.

O suspeito foi encaminhado de volta ao sistema penitenciário, enquanto as investigações sobre sua atuação como mandante de crimes recentes seguem em andamento.

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