Chefe do tráfico onde PM da Rota foi morto, 'Nego Boy' é preso em apartamento de luxo

Caio Vinicius de Almeida foi encontrado em Praia Grande. Em seu celular, foram encontrados conversas sobre o assassinato do PM da Rota

12 fev 2024 - 13h29
(atualizado às 14h52)
Foto: Reprodução: Polícia Civil Santos

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira, 12, Caio Vinicius de Almeida, conhecido como 'Nego Boy'. Ele é apontado como chefe do tráfico na comunidade onde o PM das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo foi baleado, em Santos, no litoral de São Paulo. 

De acordo com informações da TV Tribuna, o criminoso, de 35 anos, foi detido em um apartamento de luxo situado no bairro Canto do Forte, em Praia Grande, cidade próxima. Ainda de acordo com a emissora, os arquivos encontrados no celular do suspeito apontavam sua atuação nas comunidades do bairro Rádio Clube, em Santos, incluindo a região onde o PM da Rota foi baleado.

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O policial foi baleado e morto na Praça José Lamacchia, no último dia 2 de fevereiro. A execução foi citada em uma das conversas de 'Nego Boy', que também compartilhava informações sobre pontos de venda de drogas e armamentos, e sobre a realização de disparos de metralhadoras na área.

No interrogatório, o suspeito negou envolvimento com o tráfico de drogas e qualquer ligação com facções criminosas. Ele optou por responder apenas algumas perguntas da polícia após ser informado sobre as investigações em curso. 'Nego Boy' foi mantido sob prisão em flagrante.

O secretário estadual de Segurança, Guilherme Derrite publicou no X (antigo Twitter), na noite da última sexta que iniciaria uma operação para localizar os criminosos que mataram o soldado.

"Daremos todo o apoio à família e não pouparemos esforços para que esse crime não fique impune", escreveu. 

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lamentou a morte de Cosmo também pelo X.

"Com muito pesar, recebi há pouco a notícia da morte do Soldado PM Samuel Wesley Cosmo, vítima da ação de criminosos durante patrulhamento em Santos. Identificaremos e prenderemos os responsáveis por atacar nossa polícia. Minha solidariedade a todos os familiares e amigos de Samuel", escreveu.

Morte de policiais

  • No último dia 26 de janeiro, o soldado da PM Marcelo Augusto da Silva, de 28 anos, foi baleado na Rodovia dos Imigrantes enquanto voltava de Praia Grande (SP), depois de atuar na Operação Verão, para São Paulo.
  • No dia 18 de janeiro, a soldado PM Sabrina Freire Romão Franklin, de 30 anos, foi assassinada após uma tentativa de assalto em Parelheiros, na zona sul da Capital.
  • No mesmo dia 18, o policial militar da reserva, Paulo Marcelo da Silveira, de 69 anos, foi vítima de latrocínio no Jardim Eldorado, também na zona sul de São Paulo. 

Por isso, o governo de São Paulo passou a deflagrar uma série de Operações Escudos para localizar os suspeitos dos homicídios contra policiais, além de recuperar armamentos que foram ocasionalmente roubados das vítimas. 

A Operação Escudo ocorreu primeiramente entre julho e setembro de 2023, após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, também da Rota, atingido durante um patrulhamento na Vila Zilda, no Guarujá. A ação foi deflagrada para prender os responsáveis pela morte dele. Durante os meses que se passaram, 28 pessoas foram mortas pela Polícia Militar.

Na ocasião, dois policiais viraram réus após serem denunciados pelo Ministério Público. O órgão analisou as câmeras de segurança dos militares, depoimentos de testemunhas e agentes envolvidos, e cruzaram informações de laudos periciais feitos durante as investigações da Operação Escudo. Eduardo de Freitas Araújo e Augusto Vinícius Santos de Oliveira foram acusados pela morte de Rogério Andrade de Souza, ocorrida na manhã de 30 de julho.

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Fonte: Redação Terra
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