Protesto contra pedaladas toma ‘pedala’ de ciclistas em SP

Representantes do Movimento Brasil Livre foram à inauguração da ciclovia da Paulista para ato simbólico que acabou tido como provocação

28 jun 2015 - 14h33
(atualizado em 29/6/2015 às 16h18)
Inauguração da ciclovia da Avenida Paulista, em São Paulo
Inauguração da ciclovia da Avenida Paulista, em São Paulo
Foto: Leonardo Benassatto / Futura Press

Representantes do Movimento Brasil Livre (MBL) foram expulsos neste domingo na inauguração da ciclovia da avenida Paulista quando tentavam erguer faixas contra as “pedaladas” fiscais investigadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) nas contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff (PT).

O grupo, de cinco pessoas, chegou a levantar faixas na altura da Praça do Ciclista, já nas imediações da Paulista com a rua da Consolação, mas a iniciativa foi considerada “afronta” e “provocação” por ciclistas e cicloativistas presentes – que devolveram com gritos de “fascistas, golpistas!” e “A  Petrobras é nossa!”. Nas camisetas usadas pelo grupo, à frente havia o nome do movimento, e, nas costas, a frase “Estatais gastaram mais que o previsto”.

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“É um ato simbólico contra a pedalada fiscal na pedalada do [prefeito Fernando] Haddad (PT)”, disse Ian Maldonado, 22 anos, freelancer, sobre o ato. Sobre a ciclovia inaugurada mais cedo pelo prefeito, o manifestante respondeu: “Sim, sou a favor. Mas protestar nela é meu direito: eu paguei, posso fazer o que eu quiser”, resumiu.

Um dos que rechaçaram a ação do MBL foi o analista de sistemas Antônio Oliveira Filho, 54 anos. “Eles vieram aqui partidarizar a coisa e tomaram o troco. Essa aqui é uma festa para a democracia, não para um bando de vagabundos”, justificou Oliveira Filho. “Estão aqui nos afrontando, sendo que recebemos uma grande obra da prefeitura independente de partido. Não quero golpismo, e isso que fizeram aqui é golpismo”, reclamou.

Apesar do tom inflamado de alguns outros xingamentos usados para dispersar os representantes do MBL, não houve agressões, a exemplo do que ocorrera, por exemplo, em protestos anti-Dilma, no começo do ano, por parte de militantes pró-impeachment.

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Fonte: Terra
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