Cidade de SP registra menor temperatura do ano: 5,2°C

Nesta quinta-feira, 29, o CGE também registrou -0,1°C no extremo sul da capital; o frio deve piorar na sexta-feira

29 jul 2021 - 12h13
(atualizado às 12h25)
Pedestres enfrentam frio intenso na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta quinta-feira
Pedestres enfrentam frio intenso na zona sul da cidade de São Paulo, na manhã desta quinta-feira
Foto: BRUNO ROCHA/ENQUADRAR / Estadão Conteúdo

Os termômetros do Mirante de Santana, estação do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) na zona norte de São Paulo, marcaram 5,2°C às 7 horas da manhã desta quinta-feira, 29. A temperatura oficial é a mais baixa registrada na capital paulista em 2021 e supera o recorde anterior, de 6,3°C, aferido no último dia 20. A previsão é que o frio piore nesta sexta-feira, 30.

A cidade também bateu o recorde de menor temperatura mínima média dos últimos cinco anos, com 4,7°C, segundo a Prefeitura. O tempo frio é resultado de uma massa polar que chegou à cidade nesta terça-feira, 27, e atinge as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do País. Na noite de quarta, ao menos 18 municípios do Rio Grande do Sul registraram neve.

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No extremo sul de São Paulo, os termômetros da estação de Engenheiro Marsilac marcaram -0,1°C durante a madrugada, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE). As estações automáticas do órgão municipal aferiram mínima média de 4,7°C na cidade, o menor registro feito desde 2016.

Ao longo do dia, o sol predomina entre poucas nuvens e a temperatura não deve ultrapassar 13°C. Segundo o CGE, não há previsão de chuva e é esperada umidade do ar em torno de 40%.

O frio intenso continua até o final da semana, com a média da temperatura mínima abaixo dos 5°C durante as madrugadas. Na sexta, a cidade deve atingir um novo recorde de frio, com mínima em torno de 3°C. Em regiões periféricas, como Marsilac, valores negativos são esperados.

Abrigo para população de rua

A noite de quarta foi a primeira da força-tarefa de emergência montada pela Prefeitura de São Paulo para acolher a população de rua devido à frente fria. Cinco tendas foram dispostas em pontos estratégicos da capital para distribuição de sopas, cobertores, agasalhos, kits de higiene e atendimento médico. Além disso, mais de 800 novas vagas foram abertas em abrigos.

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A Estação Pedro II do Metrô, no centro, também foi usada para"acolhimento emergencial" durante a noite, abrigando 50 pessoas. A iniciativa do governo do Estado funciona até dia 31 de julho e tem capacidade para atender até 400 pessoas. Exclusivamente masculino, o espaço oferece alimentação, água potável, colchões, cobertores e 20 banheiros químicos entre às 20 horas e às 8 horas.

No Belém, bairro da zona leste, o padre Julio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, abriu a Paróquia São Miguel Arcanjo para proteger desabrigados.

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