Experimentos avançados de um medicamento para tratamento contra câncer - além de fitoterápicos para usos diversos - foram comprometidos com a retirada de 178 cães da raça beagle de um laboratório em São Roque (SP). A informação é do médico Marcelo Marcos Morales, um dos secretários da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. "Um trabalho que demorou anos para ser produzido, que tinha resultados promissores para o desenvolvimento do país, foi jogado no lixo", disse ele, em referência à invasão do Instituto Royal por ativistas na semana passada, afirmando que o prejuízo "é incalculável para a ciência e para o benefício das pessoas". As informações foram publicadas no jornal Folha de S. Paulo.
O nome do medicamento desenvolvido e para qual tipo de câncer seria usado não foram revelados pelo cientista por exigência por contrato, mas Morales disse que se tratava de um tipo de remédio produzido fora do País e que teve a patente quebrada. O Royal também não detalha os experimentos alegando restrição contratual. Os fitoterápicos eram baseados em plantas da flora nacional e poderiam ser usados, por exemplo, para combater dor e inflamações. Ele alega que os cientistas "também não querem trabalhar com animais", mas que o método é ainda o mais eficaz para testes de tratamentos médicos e vacinas. Morales também criticou o fato das pessoas estarem "confundindo" animais domésticos com cães que nasceram dentro de biotérios, sob condições controladas e rígidas para o uso científico. "O apelo do cão é muito grande, tanto é que levaram todos os beagles, mas deixaram todos os ratos", acusou. A Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), autoridade brasileira responsável por aprovar pesquisas com humanos, não avaliza projetos de drogas que não tenham passado por testes de segurança em animais.
1 de 62
18 de outubro - Segundo relatos, ao menos de 200 cães foram retirados do instituto e páginas na internet foram criadas para adoção
Foto: Edison Temoteo
2 de 62
18 de outubro - Ativistas divulgaram fotos nas redes sociais, na madrugada desta sexta-feira, fotos de cães beagles libertados do Instituto Royal, em São Roque (SP), onde animais seriam vítimas de crueldade em pesquisas
Foto: Twitter
3 de 62
18 de outubro - Imagem mostra beagle supostamente congelado em nitrogênio encontrado por ativistas no laboratório
Foto: Facebook
4 de 62
18 de outubro - Em páginas nas mídias sociais, os grupos Anonymous e Black Bloc apoiam a iniciativa
Foto: Grupo Anonymous
5 de 62
18 de outubro - O instituto é acusado de maltratar animais para pesquisas tecnológicas
Foto: Facebook
6 de 62
18 de outubro - Ativistas fazem carinho em cães
Foto: Facebook
7 de 62
18 de outubro - Ativista carrega cão em foto divulgada pelo grupo Anonymous
Foto: Anonymous
8 de 62
18 de outubro - Em transmissão direta de vídeo, internauta filmou coelhos que também teriam sido resgatados após maus-tratos
Foto: Twitcam
9 de 62
18 de outubro - Animais mutilados e mortos foram encontrados congelados
Foto: Marcelo Roque
10 de 62
18 de outubro - Internauta registra interior do Intituto Royal, acusado de maltratar animais em pesquisas científicas
Foto: Marcelo Roque
11 de 62
18 de outubro - Ao menos 200 cães foram retirados do instituto
Foto: Marcelo Roque
12 de 62
18 de outubro - Segundo a rádio CBN, cerca de 150 pessoas participaram da invasão
Foto: Marcelo Roque
13 de 62
18 de outubro - Instituto utilizaria beagles em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos
Foto: Marcelo Roque
14 de 62
18 de outubro - Instituto utilizaria beagles em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos
Foto: Marcelo Roque
15 de 62
18 de outubro - Instituto utilizaria beagles em testes de produtos cosméticos e farmacêuticos
Foto: Marcelo Roque
16 de 62
18 de outubro - Grupos como Anonymous e Black Bloc disseram estar presentes na ação
Foto: Marcelo Roque
17 de 62
18 de outubro - A Guarda Metropolitana foi acionada e acompanhou a movimentação em frente ao local
Foto: Cloves Ferreira
18 de 62
18 de outubro - Moradores observam a movimentação em frente ao instituto, na cidade de São Roque, em São Paulo
Foto: Cloves Ferreira
19 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
20 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
21 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
22 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
23 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
24 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
25 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 1820 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
26 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
27 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
28 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
29 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
30 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 1820 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
31 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
32 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Marcelo Roque
33 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
34 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
35 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
36 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
37 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
38 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
39 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
40 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
41 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
42 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
43 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Zenildo Sousa
44 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Alex Falcão
45 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Alex Falcão
46 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Alex Falcão
47 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Alex Falcão
48 de 62
19 de outubro - Manifestantes atearam fogo em uma viatura da Polícia Militar e em um carro da Rede Globo na manhã deste sábado, dia 19, durante protesto contra o Instituto Royal, de onde foram retirados na sexta-feira cerca de 180 cachorros da raça beagle, além de coelhos, usados em pesquisas científicas e, segundo os ativistas, vítimas de maus tratos
Foto: Alex Falcão
49 de 62
24 de outubro - Luisa Mell com um dos cães da raça beagle retirados do Instituto Royal, em São Roque
Foto: Instagram
50 de 62
24 de outubro - Instituto nega as denúncias de maus-tratos
Foto: Marcelo Camargo
51 de 62
24 de outubro - Sede do Instituto Royal, em São Roque, interior de São Paulo, de onde ativistas retiraram 178 cachorros da raça beagle que supostamente sofriam maus-tratos ao serem usados em pesquisas
Foto: Marcelo Camargo
52 de 62
24 de outubro - Da esquerda para a direita: os delegados José Humberto Urban Filho, Marcelo Carriel e Marcelo Sampaio Pontes
Foto: Marcelo Camargo
53 de 62
24 de outubro - Polícia investiga ação durante a última sexta-feira (18) no Instituto Royal, em São Roque
Foto: Marcelo Camargo
54 de 62
29 de outubro - Manifestantes fantasiados de cães fazem protesto durante reunião de comissão da Câmara para tratar do caso do Instituto Royal
Foto: Antonio Araujo
55 de 62
29 de outubro - Manifestantes cobram proibição do uso de animais em pesquisas médicas
Foto: Antonio Araujo
56 de 62
29 de outubro - Apresentadora Luisa Mell divulgou no Facebook foto de sua reunião com o presidente da Câmara, Henrique Alves (dir.), em que pediu a instalação de CPI para investigar o Instituto Royal
Foto: Facebook
57 de 62
13 de novembro - Instituto Royal em São Roque, interior de São Paulo, voltou a ser invadido por ativistas na madrugada desta quarta-feira
Foto: Instituto Royal
58 de 62
13 de novembro - Em nota, o Instituto Royal divulgou que a maior parte dos equipamentos que permaneciam no local foi destruída
Foto: Instituto Royal
59 de 62
13 de novembro - Quase todos os animais, roedores, que ainda estavam nas instalações foram levados, segundo o Instituto Royal
Foto: Instituto Royal
60 de 62
13 de novembro - Segundo nota divulgada, três funcionários da segurança do Instituto Royal, da empresa Gocil, foram agredidos em nova invasão
Foto: Instituto Royal
61 de 62
13 de novembro - Instituto Royal em São Roque, interior de São Paulo, voltou a ser invadido por ativistas na madrugada desta quarta-feira
Foto: Instituto Royal
62 de 62
13 de novembro - Invasores picharam os muros do instituto
Foto: Marcelo Roque
Ativistas retiram animais de instituto
Publicidade
Ativistas invadiram, por volta das 2h de 18 de outubro de 2013, a sede do Instituto Royal, em São Roque, no interior de São Paulo, para o resgate de cães da raça beagle que seriam usados em pesquisas científicas. Mais tarde, coelhos também foram retirados do local. Cerca de 150 pessoas participaram da invasão. Ao todo, 178 cães foram retirados do instituto. O centro de pesquisas era alvo de frequentes protestos de organizações pelos direitos dos animais.
Os beagles são usados por ter menos variações genéticas, o que torna os resultados dos testes mais exatos. Apesar de os ativistas relatarem diversas irregularidades, perícia feita no Instituto Royal não constatou indícios de maus-tratos aos animais. No dia seguinte à invasão, um novo protesto terminou em confronto entre policiais militares e manifestantes e provocou a interdição da rodovia Raposo Tavares. Quatro pessoas foram detidas.
Em nota, o Instituto Royal refutou as alegações dos manifestantes. "O instituto não maltrata e nunca maltratou animais, razão pela qual nega veementemente as infundadas e levianas acusações de maltrato a seus cães. Sobre esse ponto, o instituto lamenta que alguns de seus cães, furtados na madrugada da última sexta-feira, estejam sendo abandonados", diz a nota, acrescentando que todas as atividades desenvolvidas no local são acompanhadas por órgãos de fiscalização.
Segundo o instituto, a invasão de sua sede constituiu um "ato de grave violência, com sérios prejuízos para a sociedade brasileira, pois dificulta o desenvolvimento de pesquisa científica no ramo da saúde". A invasão ao local, de acordo com a posição do Royal, provocou a perda de pesquisas e de um patrimônio genético que levou mais de dez anos para ser reunido. O instituto também informou que os animais levados durante a invasão, quando recuperados, serão recolhidos e receberão o tratamento veterinário adequado, podendo ser colocados para adoção.
Publicidade
Marcelo Morales, coordenador do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea) - órgão responsável pela fiscalização do setor -, afirmou que nenhum animal retirado do laboratório sofria maus-tratos ou tinha mutilações. De acordo com o médico, o instituto era acompanhado pelo Concea, ligado aos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Saúde, nos testes para medicamentos coadjuvantes na cura do câncer, além de antibióticos e fitoterápicos da flora brasileira, feitos a partir de moléculas descobertas por brasileiros. "Milhões de reais foram jogados no lixo e anos de pesquisas para o benefício dos brasileiros e dos animais também foram perdidos", disse o pesquisador.