A Enel Distribuição São Paulo informou, por meio de nota enviada nesta quarta-feira, 8, que restam ainda 11 mil clientes sem energia elétrica, segundo dados registrados até às 10h. O apagão teve início na última sexta-feira, 3, após uma tempestade atingir São Paulo, deixando mais de 2,1 milhões de pessoas sem luz na capital e outros 24 municípios.
O número de clientes ainda sem luz representaria 0,5% do total. A Enel afirmou que há 3 mil técnicos nas ruas, trabalhando 24 horas por dia para restabelecer o serviço para imóveis que ainda sofrem com a falta de energia.
A companhia disse ainda que foi preciso reconstruir 100 quilômetros de rede desde o temporal. Cerca de 95% das ocorrências foram causada por queda de árvores.
A empresa também compartilhou ter recebido 2,6 milhões de chamadas telefônicas apenas na sexta-feira, quando a média de atendimento é de 80 mil.
Demora no retorno
A demora pela volta da energia elética em milhares de imóveis em São Paulo causou indignação na população. Na terça-feira, 7, quando ainda restavam 30 mil imóveis sem luz, moradores organizaram um protesto na Avenida Giovanni Gronchi, na Zona Sul de São Paulo.
Outro protesto também interditou uma faixa da rodovia Raposo Tavares. O bloqueio aconteceu na altura do KM 32, na altura do bairro Jardim Cotia, em Cotia. O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que o ato levou a três quilômetros de congestionamentos, por volta das 16h. A Polícia Rodoviária acompanhou o ato.
Enel notificada
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) disse, na tarde da última segunda-feira, 6, que irá propor a criação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com a Enel para que os moradores e comerciantes afetados pelo apagão sejam ressarcidos.
"Vamos propor um TAC para que a gente possa facilitar a vida desse cidadão, porque não seria razoável que esse cidadão entre num caminho ordinário de atendimento e acabe não tendo resposta", disse o governador.
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, afirmou em nota que vai notificar a concessionária de energia elétrica em São Paulo, a Enel, sobre a falta de energia elétrica.
O governo federal também prevê que a companhia faça o ressarcimento àqueles que perderam produtos que precisam de refrigeração, além de eletrodomésticos e aparelhos eletrônicos.