O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) formou maioria nesta terça-feira,28, para afastar do cargo o juiz Marcelo Bretas, responsável pela Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. O magistrado responde a três processos disciplinares por supostas irregularidades durante a condução de ações processuais.
Na sessão, o corregedor Luiz Alfredo Salomão, relator dos processos, votou pelo afastamento do magistrado até a conclusão do processo administrativo disciplinar (PAD). Salomão foi acompanhado por outros 7 conselheiros.
Todos os processos disciplinares têm como origem a atuação do magistrado na Operação Lava Jato. Duas reclamações foram abertas após delações premiadas de advogados que relataram supostas negociações irregulares de Bretas no decorrer da operação.
O terceiro processo foi ajuizado pelo prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD). Paes alegou que o magistrado atuou para prejudicá-lo na eleição de 2018. Na ocasião, o ex-juiz Wilson Witzel, saiu vitorioso da disputa ao governo do Estado.