A Companhia Metropolitana de Habitação (COHAB) demitiu dois funcionários e afastou outros dois nesta segunda-feira. As medidas acontecem após matéria do jornal Folha de S. Paulo mostrar que funcionários da Companhia faziam trabalhos para o Partido Progressista (PP), que comanda a Cohab, no horário do expediente.
A Companhia informou, por meio de nota, que foram demitidos "Marcos de Oliveira Martins e Luiz Carlos Emídio, por se enquadrarem na Lei de Nepotismo (Súmula Vinculante n° 13 do Supremo Tribunal Federal)."
Bruno Pires dos Anjos e Ivaldo Silva foram afastados por 30 dias, até que a investigação sobre as denúncias de trabalho no PP, partido ao qual são filiados, sejam concluídas. A Cohab afirmou ainda que irá alertar os funcionários, "através de manual, o comportamento dos funcionários públicos frente ao pleito eleitoral deste ano."
De acordo com o jornal, servidores da Cohab seriam ainda obrigados a pagar uma mensalidade que varia de acordo com o salário. A cobrança é feita mesmo àqueles que não têm ligação partidária.
Os valores cobrados variam de R$ 200 a R$ 2 mil. Os boletos da Caixa Econômica Federal são enviados por e-mail com os nomes dos empregados. A reportagem afirma ainda que, dois dias antes do vencimento, o diretório estadual do PP envia outro e-mail para lembrar os funcionários sobre a cobrança.
