O ato "Corrida Pelada pela Carlos Gomes", programado para acontecer na tarde deste domingo em Porto Alegre, em favor de duas mulheres que foram vistas correndo nuas em parques e ruas da cidade nas últimas semanas, foi um fracasso. Das 3,2 mil pessoas que confirmaram presença no "evento" através do Facebook, apenas 15 compareceram e nenhuma delas tirou a roupa. Nem mesmo o seu organizador, Venceslau Carbonero, que havia proposto uma corrida de um quilômetro, usando o corredor de ônibus, que fica fechado para veículos nos domingos.
"Não contrario os poucos que foram e que não ficaram nus, embora estivessem lá para isso. Eu os entendo, pois também não fiquei nu. Havia um batalhão de jornalistas e fotógrafos. Ninguém quer ser o rosto do evento. Nem eu. Poucos sabem lidar com toda essa exposição", escreveu ele, na rede social.
Venceslau também agradeceu às pessoas que compareceram, curtiram e compartilharam o evento e calculou que, no final das contas, ele teve um "saldo positivo": "Recolhemos alguns quilos de alimentos que serão doados para o Asilo Padre Cacique (o mais votado dentre os indicados). Prestarei contas da doação a vocês assim que as encaminhá-las".
Por fim, o organizador prometeu que outros atos do gênero serão organizados em breve: "É uma obra coletiva. Estamos nos reunindo, nos conhecendo e nos organizando. Outros eventos virão podem ter certeza".
Mas teve gente que não confirmou presença da Corrida Pelada e saiu pelas ruas de Porto Alegre, se exercitando, totalmente sem roupa.
A jovem de cabelos castanhos e munida de boné e tênis foi fotografada a poucos metros do palácio Piratini, sede do governo gaúcho, pouco mais de duas horas antes do início do evento organizados nas redes sociais. Ao contrário das duas mulheres flagradas correndo sem roupa nas últimas semanas, essa aparentava estar completamente consciente do que estava fazendo.