Comandante da PM no Paraná pede para deixar o cargo

Repressão a professores causou guerra de versões entre comandante da PM e secretário de Segurança Pública, levando à saída do primeiro

7 mai 2015 - 21h16
(atualizado às 22h57)

O governo no Paraná confirmou, na noite desta quinta-feira, que o coronel coronel Cesar Vinicius Kogut pediu para deixar o cargo no comando geral da Polícia Militar. A pasta de segurança pública do Estado está em situação delicada após o conflito ocorrido entre policiais militares e professores no Centro Cívico, no dia 29 de abril, em uma ação que resultou em mais de 200 feridos. Os docentes continuam em greve - que completa 12 dias nesta sexta.

Foto: Divulgação

O próprio governo do Paraná divulgou que Kogut pediu sua exoneração do cargo alegando dificuldades administrativas na Secretaria de Segurança Pública. O atual chefe do Estado-Maior da PM, coronel Carlos Alberto Bührer Moreira, assume o cargo interinamente.

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Com a repercussão negativa da ação policial em frente à Assembleia Legislativa, durante a votação do projeto de lei que alterava regras do Paraná Previdência, a pasta de segurança pública precisou explicar o porquê de bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha terem sido lançados contra os manifestantes por quase duas horas.

O secretário Fernando Francischini, em uma entrevista coletiva, afirmou que a responsabilidade pela ação era da PM. Isto gerou uma reação por parte do então comandante geral da corporação e de outros 15 coronéis, que assinaram um manifesto de repúdio contra as declarações do secretário. Eles afirmaram que Francischini sabia e ajudou no planejamento da ação, além de ter conhecimento sobre a possibilidade de feridos. Segundo o documento, o secretário foi informado sobre os passos adotados no dia.

Com o manifesto e a confirmação de Francischini na Secretaria, nesta semana, houve a formação de um novo conflito na área administrativa da pasta. Fontes ligadas à polícia já indicavam que Kogut não deveria permanecer no cargo com a continuidade de Francischini no governo.

Fonte: Especial para Terra
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