Os militares das Forças Armadas continuam pelo sexto dia consecutivo o cerco à favela da Rocinha, em São Conrado, na zona sul do Rio. O objetivo é prender os líderes do tráfico de drogas na comunidade, entre eles, Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, por quem o Disque Denúncia está oferecendo R$ 50 mil a quem der informações sobre seu paradeiro. O sigilo é garantido.
O clima no local é de aparente tranquilidade e o comércio na parte baixa da favela, próximo à autoestrada Lagoa-Barra, está aberto, com grande o movimento de pessoas nos acessos à comunidade. Nas últimas horas, não houve registro de troca de tiros na Rocinha. O Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) fará uma ação de varredura para localização de armas e drogas.
Unidade de saúde
A Secretaria Municipal de Saúde informou que três das cinco unidades de saúde da Rocinha estão fechadas por motivo de segurança. O Centro de Atenção Psicossocial da comunidade, a Clínica da Família Maria do Socorro e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) tiveram o atendimento transferido para a sede da Clínica da Família Rinaldo de Lamare - que fica fora da favela e está funcionando normalmente, assim como o Centro Municipal Albert Sabin. Ao longo do dia serão feitas novas avaliações sobre a possibilidade de reabertura das três unidades, que estão com o atendimento redirecionado.
A Secretaria Municipal de Educação ainda não divulgou informações sobre o funcionamento das unidades de ensino da Rocinha nesta quarta-feira (27). A comunidade tem seis escolas, duas creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil, que atendem a mais de 3,3 mil alunos. Desde o início dos conflitos na região, no último dia 17, as unidades só funcionaram um dia.
Boato
A Polícia Militar negou a informação de que Rogério Avelino, o Rogério 157, atual líder do tráfico na Rocinha, morreu em confronto com policiais do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope), nessa terça-feira (26). A informação, que estava sendo espalhada pelas redes sociais, ganhou força na tarde de ontem, o que obrigou a PM a se pronunciar oficialmente e esclarecer que se tratava de um boato. No comunicado, a corporação também pediu que a população pare de compartilhar informações não oficiais sobre o conflito na Rocinha.