A companhia aérea Voepass Linhas Aéreas, antiga Passaredo, confirma na manhã deste sábado, 10, mais uma vítima do acidente aéreo em Vinhedo, no interior de São Paulo, e o número de pessoas mortas subiu para 62.
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O passageiro é Constantino Thé Maia, um morador do Rio Grande do Norte. Segundo a empresa, o nome dele não estava na lista de passageiros do voo 2283, divulgada na sexta-feira, 9, por uma questão técnica identificada pela companhia referente às validações de check-in, validação do boarding e contagem de passageiros embarcados.
"Em respeito à identidade do passageiro e de sua família, a Voepass decidiu confirmar a informação de que Constantino estava a bordo do voo somente quando não houvesse dúvidas", informou por meio de comunicado.
A companhia aérea também disse que está prestando atendimento e oferece suporte à família de Constantino, que está se deslocando até São Paulo.
"Neste momento de profunda dor, a equipe da Voepass Linhas Aéreas segue direcionando seus esforços para apoiar de forma irrestrita todas as famílias das vítimas, para prover não só estrutura operacional, mas também conforto e solidariedade, além de contribuir com as investigações das autoridades competentes", acrescentou a empresa.
Pelas redes sociais, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), lamentou a morte de Constantino e prestou solidariedade aos familiares.
"Acabo de receber com tristeza a confirmação que o potiguar Constantino Thé Maia, irmão do policial militar Thé Maia, também está entre as vítimas do acidente aéreo em Vinhedo-SP. Lamento profundamente essa perda e rogo a Deus que dê o conforto a todos os familiares neste momento de luto e dor", escreveu em seu perfil do X (antigo Twitter).
Acidente aéreo em Vinhedo
Um avião com 62 pessoas a bordo caiu na região do bairro Capela, em Vinhedo, no interior de São Paulo, no início da tarde de sexta-feira, 9. A aeronave transportava 58 passageiros e 4 tripulantes. Não há sobreviventes. Confira a lista de passageiros divulgada pela empresa.
A aeronave, modelo ATR-72, decolou de Cascavel, no Paraná, às 11h46, com destino ao Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Segundo informações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), da Força Aérea Brasileira (FAB), o voo ocorreu dentro da normalidade até 13h20.
"No entanto, a partir das 13h21 a aeronave não respondeu às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo, bem como não declarou emergência ou reportou estar sob condições meteorológicas adversas. A perda do contato radar ocorreu às 13h22".
Conforme apurado pelo Terra, registros do Flightradar, plataforma de monitoramento de aeronaves, mostram que o voo se manteve na altitude de cerca de 17 mil pés até por volta de 13h20.
Foi aí, então, que o avião fez uma curva brusca. Tudo foi muito rápido. Às 13h21, o voo foi de uma altitude de 17.200 pés para 10.025. Já às 13h22, o avião foi rapidamente de 9.475 para 4.100 pés, no último registro. Sendo assim, em um minuto, a aeronave despencou cerca de 13.100 pés, o equivalente a 3.992 metros. O avião caiu dentro do condomínio residencial Recanto Florido. Os bombeiros foram acionados para a ocorrência por volta das 13h25.
Logo após o acidente, a Voepass Linhas Aéreas informou, por meio de nota, que ainda não há confirmação de como ocorreu o acidente. "A aeronave decolou de CAC sem nenhuma restrição operacional, com todos os seus sistemas aptos para a realização de voo", afirmou.
Em comunicado, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que o avião e tripulantes estavam aptos a operar e com documentação em dia. "A aeronave foi fabricada em 2010 e se encontrava em condição regular para operar, com certificados de matrícula e de aeronavegabilidade válidos. O voo contava com quatro tripulantes a bordo no momento do acidente e todos estavam devidamente licenciados e com as habilitações válidas."
"A Anac continua monitorando a prestação do atendimento às vítimas e seus familiares pela empresa. Além disso, a Agência segue no acompanhamento dos desdobramentos das investigações do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa)", acrescentou.