Comunidade carioca fecha o comércio após confrontos

11 out 2016 - 13h13
(atualizado às 13h14)
Os comerciantes fecharam as portas na Rua Saint Roman, que dá acesso à comunidade e, segundo o comando da UPP do Pavão, não há registro de confrontos na área.
Os comerciantes fecharam as portas na Rua Saint Roman, que dá acesso à comunidade e, segundo o comando da UPP do Pavão, não há registro de confrontos na área.
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

A comunidade do Pavão/Pavãozinho em Copacabana, zona sul do Rio, amanheceu em clima de apreensão depois dos intensos confrontos de ontem (10) entre policiais e criminosos armados. O comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) local, capitão Vinicius Apolinário de Oliveira, foi ferido por estilhaços durante o confronto. Ele foi levado para o hospital da Polícia Militar e depois liberado. Dois militares do Batalhão de Choque também ficaram feridos.

Os comerciantes fecharam as portas na Rua Saint Roman, que dá acesso à comunidade e, segundo o comando da UPP do Pavão, não há registro de confrontos na área. O policiamento segue reforçado.

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Ontem, porém, o panorama foi diferente. Segundo a bibliotecária e moradora da comunidade Helena Duarte, o cenário era de guerra. Ela, que administra a Biblioteca Escolar Municipal Carlos Drummond de Andrade, em frente à comunidade, disse que as crianças que estavam no local no momento da troca de tiros viveram minutos de terror.

O policiamento segue reforçado.
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

"Os pais deles nos ligavam perguntando se estava tudo bem e ordenavam que não deixássemos eles subirem, pois lá em cima estava perigoso demais. Essa rua estava tomada por carros da Polícia Militar, do Bope. Eles chegavam a trocar tiros aqui da esquina. Para mim, que estava dentro da biblioteca, parecia que era do lado. Foi um terror. Graças a Deus ninguém se feriu", afirmou.

A empregada doméstica e também moradora da região Rita Quirino disse que por morar um pouco longe da área onde o confronto foi mais intenso, o clima foi mais calmo, mas que sempre existe o alerta para quem circula pelas redondezas da comunidade. "Eu estava no trabalho e lá é um pouquinho isolado da entrada da comunidade, então foi mais tranquilo. Claro que eu procurei ficar em local seguro, mas o fato de convivermos com isso diariamente nos deixa até mais calejados e menos preocupados. É triste, mas é o ponto em que chegamos", lamentou.

Segundo a Secretaria de Educação, todas as escolas da rede estadual que ficam na área do Pavão/ Pavãozinho estão funcionando normalmente hoje (11).

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Agência Brasil
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